Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem mostra bons exemplos de produtores capixabas

por admin_ideale

 


Cerca de 200 pessoas, de diversos estados brasileiros e até de outros países, estiveram em Pinheiros, durante o Dia de Campo do XVIII Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem (Conird), realizado nesta quinta-feira (31). A excursão técnica teve o objetivo de mostrar aos congressistas exemplos de sucesso de produtores capixabas que, em meio à terra quente e seca, conseguem produzir com fartura e qualidade graças às tecnologias de irrigação.


O Congresso, realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em parceria com a Associação Brasileira de Drenagem e Irrigação (Abid), teve início na noite do último domingo (27), em São Mateus, e termina nesta sexta-feira (01), com outro dia de Dia de Campo, agora em São Mateus e Sooretama.


O Dia de Campo em Pinheiros foi dividido em quatro estações, ou seja, propriedades, e mostrou experiências de: agricultura familiar irrigada, pastagens irrigadas, agronegócio da cafeicultura irrigada e opções de culturas consorciadas e Repressão e Irrigação.


A primeira propriedade visitada foi a do empresário Marcos Viçozi, onde foi demonstrado o manejo da pastagem irrigada para manter a produtividade alta, apesar da seca da região. Com a tecnologia, os pastos de qualidade garantem o aumento significativo da produção de leite. O instrutor foi o engenheiro agrônomo Lucio Cunha, de Nanuque, Minas Gerais.


A segunda estação foi realizada na propriedade de Adimar Francisco de Azevedo e Nilton Zava. É uma experiência bem sucedida de agricultura familiar onde os proprietários apostaram na irrigação por sistema de aspersão e na diversificação agrícola para aumentar a renda. Nos seis hectares de área que conseguiram comprar, cultivam banana, café, mandioca e até horticultura em geral, como alface, cebolinha, salsa, brócolis, coentro e couve. Tudo é vendido no próprio município, o que evita a perda de produção.


Segundo o produtor Adimar de Azevedo, sem irrigação seria impossível produzir no local. “Não compensa produzir aqui se não tiver irrigação. Temos vizinhos que não conseguiram sem o uso da tecnologia. Acredito que com o nosso exemplo, temos incentivado os outros”.


O engenheiro agrônomo do Incaper e coordenador técnico do evento, José Geraldo Ferreira, disse que a visita foi bastante produtiva. “O evento superou nossas expectativas. Mais de 600 pessoas participando com interesse em todas as atividades, nos surpreendeu. Acreditamos que os objetivos principais do evento – divulgar as tecnologias de irrigação e drenagem e estimular o uso racional da água – estão sendo alcançados”.


José Geraldo afirmou ainda que o Dia de Campo é fundamental para os congressistas conhecerem na prática os arranjos produtivos que dão resultado no Estado. “Visitamos produtores que estão conseguindo manter-se no campo de forma sustentável, utilizando melhor o solo e a água de forma racional, estamos mostrando a experiência capixaba para o Brasil”.


A terceira estação ocorreu em uma fazenda onde são produzidos mamão, seringueira e café consorciados, com o tema Agronegócio da Cafeicultura Irrigada e Opções de Culturas Consorciadas.


O produtor Carlos André Covre, um dos proprietários da fazenda, demonstrou o uso do sistema de irrigação por pivô central rebocável. É a única máquina existente no Estado, capaz de irrigar uma área circular de 25 hectares, e pode ser removido em até cinco posições. O equipamento possui 292 metros de comprimento e cinco de altura. Segundo Covre, a máquina reduz significamente os custos na lavoura. “Sem ela precisaríamos de cinco equipamentos do mesmo tamanho para irrigar a mesma área, num mesmo período”, explica.


O presidente da International Comission on Irrigation and Drainage (Icid), o inglês Peter Lee também participou do Dia de Campo. Ele considerou impressionante o sistema de irrigação usado no Norte do Estado. “É possível ver claramente a diferença entre a terra irrigada e a não irrigada, o que comprova nitidamente a necessidade de irrigação nessa região”.

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