Produtor aprova as planilhas de custeio do PAC do Cacau

por admin_ideale

 


Líderes da lavoura cacaueira aprovaram as planilhas de investimento e custeio para implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs), consorciamento de cacaueiro e seringueira, e cultivos de cacau e dendê como previsto pelo Plano de Aceleração do Desenvolvimento do Agronegócio na Região Cacaueira do Estado Bahia (PAC do Cacau). Os valores foram apresentados ontem, 29, pelos técnicos do Centro de Extensão da Ceplac, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), que coordena o programa em nível estadual.


Os valores para investimentos na implantação do hectare de cacau foram considerados adequados pelo representante da Associação dos Produtores de Cacau (APC), José Carlos Assis, já que têm como parâmetro a realidade da lavoura. São de R$ 13.166,40 abaixo de 500 plantas e R$ 13.484,66 acima. Para os SAFs são de R$ 16.280,79 para substituição de eritrinas por seringueira com cacau no hectare acima de 500 plantas e R$ 17.629,24 abaixo, enquanto que para plantio de dendezeiros os valores do hectare são de R$ 8.289,62. Já o custeio varia entre R$ 13.841,57 e R$ 12.102,68. 


O chefe do Ceplac/Cenex, Cloildo Guanaes, disse que o encontro faz parte da estratégia de divulgação do PAC do Cacau e foi oportunidade de buscar o sentimento dos produtores através de suas representações na construção dos orçamentos que irão compor projetos de financiamento junto aos agentes creditícios. “Foi um serviço da maior importância não só pelos estudos feitos, como por demonstrar interação entre órgãos governamentais envolvidos no programa”, avaliou o presidente do Sindicato Rural de Gandú, Renato Dias, para quem os orçamentos para os diversos programas estão dentro da realidade vivida pelo produtor.


“A sustentabilidade do agronegócio cacau deve estar presente na cabeça do agricultor, que tem que se adequar à realidade como a sociedade faz com a reciclagem no cotidiano”, afirmou José Carlos Assis, que orientou a lavoura cacaueira abandonar a monocultura sem radicalismos, pois as alternativas como consorciamento do cacau com a seringueira e o cultivo de cacau, dendê e seringueira são viáveis. “Mesmo sendo reais os valores das planilhas e viável a diversificação temos que discutir com os bancos garantias para novos contratos”, enfatiza o presidente do Sindicato Rural de Camacan, Guilherme Moura, que sugere uma rodada de negociações com os agentes de crédito.


A sugestão foi aceita pelo diretor da Seagri, Itazil Benício dos Santos, que falou dos avanços da Medida Provisória 432, que será apreciada no Congresso Nacional no segundo semestre do ano. O diretor anunciou a visita do governador Jaques Wagner às 14h30min da próxima segunda-feira, 4, no Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna, para assinatura de protocolo do programa para certificação de dois mil hectares de cacau da agricultura familiar pelo Instituto de Biodinâmica (IBD), abrangendo territórios Litoral Sul,  médio Rio de Contas e Baixo Sul, além os primeiros contratos novos do PAC do Cacau.

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