Os futuros do cacau alcançaram o maior patamar em nove meses na Bolsa de Nova York, depois de terem fechado perto da estabilidade nas duas sessões anteriores. O mercado perdeu fôlego no começo desta semana porque a escassez do produto no curto prazo foi contrabalançada por um corte de 35% na estimativa de déficit global em 2013/14. A Organização Internacional do Cacau prevê agora que a demanda deve superar a oferta em 75 mil toneladas. Ontem, porém, a commodity recebeu impulso de dados que mostraram forte aumento dos preços da manteiga de cacau, que é usada para dar textura ao chocolate.
Investidores temem que o governo dos EUA reduza na semana que vem sua projeção para a safra de laranja da Flórida. A estimativa atual, de 110,3 milhões de caixas, já seria o menor volume em 24 anos. Além disso, a temporada de furacões no Atlântico Norte teve início no último domingo, e a possibilidade de danos aos pomares costuma provocar a alta das cotações.
Na Bolsa de Chicago, o trigo interrompeu uma sequência de dez quedas e registrou leve ganho de 0,3%. No pregão anterior, os contratos fecharam no menor nível em mais de três meses e atraíram compradores. Os preços baixos também geraram especulações de que a demanda externa pelo trigo norte-americano pode aumentar, segundo analistas.
O Estado de São Paulo

