Caparaó descobre o morango: safra deve render R$ 2 milhões

por admin_ideale

 

Os produtores dos municípios do Caparaó Capixaba iniciaram o ano apostando em uma nova cultura no campo. Graças a uma parceria entre agricultores, prefeituras e uma empresa de industrialização de frutas, a produção de morango vai de vento em popa.

A colheita já começou, e a estimativa é de que a primeira safra renda mais de um milhão de quilos da fruta, traduzidos em um lucro certo de, pelo menos, R$ 2 milhões para os produtores.

O cultivo foi iniciado, há quatro meses, nas cidades de Iúna, Ibitirama, Irupi e Divino de São Lourenço, para diversificar a produção, que antes era extremamente focada na cafeicultura.

Um milhão e 300 mil mudas da fruta foram doadas pela empresa e plantadas em mais de 26 hectares de terra. Vinte produtores adotaram o morango como uma alternativa de renda para fugir da desvalorização do café.

De acordo com o diretor do Incaper de Iúna, Onofre Rodrigues, as vantagens do plantio já podem ser sentidas. “Nós fizemos diversos experimentos para encontrar culturas adequadas ao clima frio da nossa região. Com a muda certa, conseguimos tirar os cafeicultores do grupo de risco, já que, às vezes, só com o café o produtor acaba tendo prejuízos”, afirmou.

O tempo de espera entre a plantação e a colheita do morango é curto, não ultrapassa noventa dias. A safra dura, em média, cinco meses e, segundo o técnico em agropecuária Paulo Sérgio Prudente, uma das vantagens dessa lavoura é a garantia de renda no período de entressafra de café.

“O morango deve ser colhido duas ou três vezes por semana. São cerca de 30 caixas por dia, em cada uma das propriedades, o que garante uma renda mais estável para o produtor”, diz.

Ainda no primeiro ano de experiência, os agricultores estão aprendendo a conciliar as lavouras de café e morango. “As áreas do morango são menores e próximas às residências. Com a mão de obra familiar, o custo de produção, que gira em torno de 50%, cai, e toda a área plantada já está vendida”, afirmou Prudente.

Empresa apoia e lucra junto
Todo o morango produzido nos quatro municípios do Caparaó é comprado pelo Grupo Peterfruit, uma das maiores empresas que lida com comercialização de frutas in natura e congeladas no Estado, com sede em Venda Nova do Imigrante, na Região Serrana. De acordo com Márcio Uliana, diretor da Peterfruit, a parceria com os novos produtores deu certo. “O maior produtor de morango ainda é Santa Maria de Jetibá, mas o mercado cresceu e resolvemos incentivar os agricultores dessa região, que oferece um clima satisfatório para a produção. A ideia é fomentar cada vez mais o plantio da fruta nessas cidades”.


 


A Gazeta


 


 


 


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