A indústria de leite longa vida está aumentando os preços entre 5% e 10% por conta da elevação do valor do produto in natura, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Laércio Barbosa. Os primeiros reajustes estão sendo aplicados desde o final de junho.
Segundo o executivo, além de a produção no Sul, que está no período de safra, estar aquém do esperado, a do Centro-Oeste e Sudeste, que estão na entressafra, caíram mais que o previsto, ambas por causa do clima desfavorável. Havia a expectativa de que a produção no Sul compensasse a queda no resto do país, o que não ocorreu.
– O inverno veio mais cedo e mais rigoroso. A entressafra está sendo mais forte neste ano – disse.
Segundo ele, em algumas regiões de Minas Gerais, Goiás e São Paulo, o preço do leite subiu até 20%.
– Há uma valorização contínua da matéria-prima em todas as regiões do país, o que obrigou a indústria a rever suas previsões e repassar esses custos ao comércio – afirmou Barbosa.
Apesar da redução maior que a esperada na oferta de leite, o executivo acredita que os preços não vão ultrapassar o patamar histórico de R$ 2 o litro no atacado, como ocorreu em 2007 e 2009. Neste momento, o preço oscila em torno de R$ 1,70 e pode chegar a R$ 1,90 o litro.
– As oscilações de preço estão menos acentuadas do que em anos anteriores.
Barbosa prevê que os preços do longa vida devem continuar em níveis mais altos até o final de setembro, quando acaba a entressafra na região central do país. A indústria de leite longa vida estima crescimento de 3,5% nas vendas em 2011. O ano deve fechar com volume comercializado de 5,7 bilhões de litros, o equivalente a negócios superiores a R$ 10 bilhões. A ABLV reúne 35 empresas, que produzem cerca de 80% de todo o leite longa vida consumido no país.
Agência Estado
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