Uma planta asiática, produzida de forma orgânica, vem sendo utilizada com sucesso no controle da praga da pimenta-do-reino no Pará, a partir da pesquisa da fitopatologista Regina Célia Tremacoldi, pesquisadora da Embrapa/Cpatu. Considerada como a árvore milagrosa na Índia, o Nim está sendo testado como bioinseticida nas plantações de pimenta-do-reino paraenses, principalmente pelos pequenos agricultores, já que o custo é bem baixo e o método, natural.
A agricultura familiar no Pará responde por 80% da produção estadual da pimenta-do-reino. Os testes em laboratório e nas mudas da Embrapa conseguiram 100% de controle da praga. A expectativa da pesquisa é que até o final deste ano os testes em campo tenham resultados semelhantes e, enfim, os produtores possam comemorar a descoberta do controle dessa doença que acaba com as plantações de pimenta-do-reino, causando grande prejuízo financeiro.
O Pará é hoje o principal produtor de pimenta-do-reino no Brasil. Responde por 80% da produção nacional. Mas, nas últimas décadas, a produção local agoniza com o problema da fusariose, uma praga que se espalha na raiz da pimenta, causando a podridão da planta.
O fusarium, fungo que se alastra na raiz da pimenta, está presente no solo úmido da Amazônia e ataca vários tipos de culturas, prejudicando a produção. Para se ter uma ideia do prejuízo que esta praga causa, uma plantação de pimenta-do-reino saudável produz até 12 anos seguidos. Atualmente, com o problema da fusariose, a produção paraense só consegue vida útil para as plantas de pimenta-do-reino de no máximo até cinco ou seis anos.
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