A produção de café da Colômbia voltou a bater suas marcas. Até agora nesse ano, a produção vem registrando volumes históricos, o que tem contentado o gerente geral da Federação Nacional de Cafeicultores, Luis Genero Muñoz Ortega. “A boa notícia para comunicar ao mundo é que, apesar da crise de tempos passados, o consumo de café segue crescendo de forma sustentada em média de 2% anual”.
A Federação disse que os preços internacionais também estão a favor da atividade chegando hoje a valores de US$ 2,4 por libra de café colombiano. “Isso ajuda bastante a aliviar os tempos de crise do ano passado, quando se apresentaram perdas inesperadas”.
Para a Federação, o primeiro semestre de 2010 foi marcado por uma recuperação significativa superior a 80% com relação ao ano passado, pois, comparando-se, por exemplo, o mês de maio, o volume de produção alcançou a marca de 622 mil sacas, ou seja, 17% a mais que em 2009.
Ortega disse que a intranquilidade da Federação está relacionada com a estabilidade do dólar. No entanto, as esperanças são de que o investimento fortaleça o peso colombiano, pois estima-se que, em 2015, os investimentos alcancem os US$ 65 bilhões. Mesmo assim, a Federação “vê com bons olhos” o anúncio feito pelo ministro da Fazenda de uma regra fiscal.
A “formação cafeeira” na vida profissional do presidente eleito da Colômbia, Juan Manual Santos, é um ponto a favor para a Federação, pois não somente tem trabalhado com a Federação, mas também, Santos representou os cafeicultores na Organização Internacional de Café e fez parte do comitê nacional como ministro do Exterior e como ministro da Fazenda. Tudo parece indicar, segundo Ortega, que se trata de uma pessoa com iniciativa, disposta a oferecer apoio governamental à Federação.
Revista Cafeicultura

