Produtores de café arábica do Espírito Santo estão desanimados com a colheita. A falta de chuva no início do ano prejudicou a safra.
Há mais de um mês o agricultor João Hote e suas filhas dedicam a maior parte do tempo à colheita do café arábica. Ele possui mais de dez mil pés de café em Alto Rio Novo, noroeste capixaba. O sol castigou a plantação em janeiro e fevereiro deste ano. Por isso, a safra terá uma quebra de aproximadamente 35%.
“Esse café vai ter perda na qualidade e no preço. Então, vamos ter prejuízo de vários lados. A recuperação dessa lavoura vai demorar mais porque a seca foi maior”, falou seu João.
Sem a água na época certa os grãos não se desenvolveram e ainda maduraram antes do tempo. A colheita, que geralmente acontece em maio, começou em abril.
O agricultor José Manuel Maforte já terminou a colheita. O produtor olha o terreiro meio desanimado. Cafés verdes, maduros e secos se misturaram. O peso do grão também não é o ideal. Muitos parecem isopor. É grande a diferença entre um grão sadio e um danificado.
Globo Rural

