Cadeia da ranicultura em momento favorável para expansão

por admin_ideale

 


O comportamento da oferta e da procura da carne de rã é favorável à expansão da cadeia da ranicultura brasileira. Esta constatação, revelada pelo Censo Agropecuário 2006, realizado pelo IBGE e divulgado amplamente, está sendo confirmada pelo projeto “Avaliação e transferência da tecnologia de processamento de carne de dorso de rã no setor agroindustrial da Região Sudeste do Brasil”, desenvolvido pela Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ).


O Censo detectou a existência de 170 estabelecimentos ranícolas no Brasil, produzindo por ano 157.691 kg de carne. A região Sudeste foi a maior produtora com 57% da produção total enquanto na região Sul estava localizada a maior quantidade de estabelecimentos ranícolas, com 54% do total.


A produção brasileira de carne de rã aparece com uma produtividade média de 11%, entre os anos 2000 e 2006. Não tanto quanto a produtividade demonstrada na década de 90, quando chegou a crescer a taxa anual média de cerca de 30% ao ano. O pesquisador Dr. André Yves Cribb, líder do projeto, explica que “o crescimento vertiginoso daquela década deve-se aos resultados de pesquisas sobre fatores de criação racional de rãs desenvolvidas por diversas instituições de pesquisa e ensino durante cerca de vinte anos e que propiciaram o surgimento de criatórios espalhados pelo Brasil, principalmente na década de 80”.


Há outras evidências de que a cadeia está viva. “A entrada de novos produtores no mercado, inclusive grupos de profissionais capacitados; a introdução de inovações que reduzem o investimento inicial na atividade; iniciativas exportadoras; produtores anunciando na Internet, um passo para o comércio eletrônico, e buscando financiamento”, diz Cribb.


Do lado da demanda existe, espontaneamente, um mercado potencial superior à oferta. Segundo o pesquisador, “Relata-se que a rejeição ao consumo de carne de rã tem diminuído e também que o consumo tem aumentado ano a ano”. Em recentes visitas técnicas a ranários nas regiões da Baixada Litorânea e Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, André Cribb tomou conhecimento de criatórios que entregavam rãs de 15 em 15 dias e que, para o último lote entregue, havia três clientes disputando a compra de toda a produção. “Neste caso, fica claro que a demanda foi três vezes maior do que a oferta”, analisa.


Há gargalos e problemas ainda para serem resolvidos e superados. Um dos maiores é a alimentação das rãs criadas, pois não há rações específicas adequadas para cada fase da criação das rãs o que obriga os criadores a utilizaram rações formuladas para peixes.


 


Embrapa

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