Com um aumento da oferta no início deste mês, a tangerina ponkan, fruta muito consumida nesta época do ano, aquece o movimento no mercado da Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES). A comercialização da fruta atinge seu ponto alto entre os meses de maio e julho.
Na manhã desta quarta-feira (05), o entreposto recebeu 65 toneladas de tangerina ponkan, 22% a mais que na última quarta-feira, 28 de abril, quando foram ofertadas 53 toneladas. O valor do quilo da fruta atingiu o valor médio de R$ 0,65.
Para Marcos Krause, agricultor de Santa Maria de Jetibá, a expectativa é de que a safra oscile entre razoável e ótima. “Apostamos no plantio da ponkan há seis anos, no distrito de Caramuru, com cinco mil pés da fruta. Para quem trabalha com a agricultura famíliar é uma ótima alternativa de renda”, explica.
Ampliação do plantio com o Polo de Tangerina
O Polo de Tangerina das Montanhas no Espírito Santo foi lançado pela Seag em Domingos Martins, no dia 18 de março deste ano, durante o 2° Encontro de Citricultores das Montanhas do Espírito Santo. A criação do polo visa a incentivar o desenvolvimento e a expansão do plantio da fruta em terras capixabas. Quem adere tem acesso a políticas públicas, acompanhamento especializado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e apoio do setor privado para seguir na atividade.
Compõem a área de abrangência do Polo de Tangerina os municípios de Domingos Martins, Conceição do Castelo, Santa Leopoldina, Venda Nova do Imigrante, Muniz Freire, Santa Maria de Jetibá e Marechal Floriano. Além destes, outros 10 municípios foram classificados pelo Incaper como potenciais participantes. Para definir a região, foram levados em conta se as condições de clima e de solo são indicadas para o desenvolvimento da fruta.
O Estado tem hoje cerca de mil hectares de tangerina. Desses, 750 estão concentrados nos sete municípios da região do novo polo. Com essa implantação, 100 mil mudas serão repassadas ao longo de quatro anos aos agricultores participantes do polo. A meta é ampliar o plantio da fruta para 1.200 hectares no Estado e 850 hectares nos municípios participantes.
Eduardo Brinco
