Planta de fertilizantes pode chegar condensada

por admin_ideale

 


O relatório 6 do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC-2) lançada na última segunda-feira, traz diretrizes para o eixo de energia. Na página 90 é mostrado investimento para fertilizantes. “Novas plantas e ampliações: Três Lagoas (MS), Linhares (ES), Uberaba (MG) e Fafen – Laranjeiras (SE)”. O investimento previsto é de R$ 11,2 bilhões, sendo R$ 9,1 bilhões entre 2011-2014 e R$ 2,1 bilhões pós 2014.



Mais abaixo, no mapa do Brasil, é discriminado o que foi feito ou está previsto no PAC-1 e no PAC-2. O mapa deixa claro que a Petrobras está desenvolvendo quatro projetos de novas fábricas de fertilizantes na área de nitrogenados: uma unidade é de sulfato de amônia, em Sergipe; outra, de ureia, em Três Lagoas (MS), no mapa como fábrica de fertilizantes nitrogenados III; uma terceira, de amônia, em Uberaba e um complexo químico de ureia e amônia no Espírito Santo. Pelo visto, a tão esperada fábrica de amônia e ureia para Uberaba ou Três Lagoas vai, na verdade para Linhares. Os outros dois municípios na disputa devem receber a planta de um dos produtos.


Vale lembra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, durante a posse dos novos ministros, na quarta-feira, que quer que a Petrobras e a Vale se unam para atuar na área de fertilizantes e reduzam a vulnerabilidade externa do país no abastecimento desses produtos. “Vamos chamar a Vale e a Petrobras, porque a nossa agricultura não pode ficar dependente de duas ou três empresas externas”, conforme está destacado no próprio PAC-2.



A intenção é com a dependência brasileira de insumos importados que são matéria-prima para a formulação de fertilizantes. Um dos maiores problemas é com o potássio, que tem 91% da demanda atendida pelas compras de outros países, deixando o Brasil sujeito à vontade dos países fornecedores e à volatilidade de preço. Como o país tem jazidas, que não são adequadamente exploradas, Lula está sugerindo a parceria entre a Vale e a Petrobras, mas somente nos segmentos de fosfato e potássio. Os quatro projetos de novas fábricas de fertilizantes na área de nitrogenados não entrarão na parceira.

Erro técnico – A reportagem conversou com o vereador Tony Carlos (PMDB), que esteve no lançamento do PAC-2, em Brasília. Foi ele quem detectou que para Uberaba constava apenas a planta de amônia. Segundo Tony, Uberaba foi inserida a poucos dias no relatório, que estava praticamente pronto.
“É mera ilustração, um erro técnico. Não tem como dividir amônia da ureia, já que não se fabrica uréia sem amônia. Na verdade, a planta de amônio e ureia que seria em Três Lagoas era parte do PAC-1. Houve uma inversão e Uberaba entrou na lista. Todas as coisas estão acertadas e o vice-presidente ligou para o prefeito de Uberaba para comunicar o empenho. É questão de honra. O governo optou por três fábricas de amônia e ureia, mas acredito que Uberaba é a mais viável, porque é onde vai consumir o produto”, afirma o vereador, ignorando o mapa onde aponta fábrica apenas de amônia para o município.



 


Jornal de Uberaba

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