Cafeicultores de Baixo Guandu visitam a Fazenda Experimental do Incaper de Marilândia nesta sexta

por admin_ideale

 


Nesta sexta-feira (08), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) realiza uma excursão técnica para 12 agricultores familiares de Baixo Guandu. Os produtores irão visitar a Fazenda Experimental de Marilândia, onde poderão observar as modernas técnicas de manejo do café Conilon.


O objetivo da excursão é buscar alternativas que melhorem a qualidade e a produtividade do café produzido no município. Num microônibus, os participantes deixam Baixo Guandu às 7 horas e retornam no fim da tarde, com o acompanhamento de técnicos do Incaper e do município.


De acordo com o extensionista do Incaper de Baixo Guandu, Antonio Sérgio Gobbo, a visita será interessante para que os produtores conheçam a nova técnica da Poda Programada de Ciclo, desenvolvida pelo Instituto após 20 anos de pesquisa, lançada na fazenda de Marilândia em junho deste ano.


“No local, os produtores poderão ter contato com a técnica na prática e observar todas as etapas de desenvolvimento do cafezal após a poda, o que irá facilitar o aprendizado dos agricultores”, afirma Antônio Sérgio.


Baixo Guandu está localizado no centro-oeste no Estado, faz divisa com Minas Gerais e apresenta produção de café Conilon e arábica.  O Conilon ocupa uma área de 1.850 hectares e tem uma produção de aproximadamente 25 mil sacas por safra. Já o café Arábica tem 5 mil hectares de área ocupada e uma produção de 75 mil sacas. A produtividade média do município na cafeicultura é de 30 sacas por hectare.



Poda Programada


A tecnologia da Poda Programada de Ciclo foi desenvolvida após  mais de 20 anos de estudos realizados por pesquisadores do Incaper, em parceria com o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (coordenado pela Embrapa Café),  e com o setor privado, por meio do pesquisador José Sebastião Machado Silveira, ex-técnico da instituição.


A tecnologia consiste na eliminação das hastes e ramos horizontais que vão se tornando improdutivos e substituição por outros mais novos. Os ramos estiolados, os quebrados, os mais velhos e sem vigor, os mal localizados, que dificultam a entrada de luz no interior da copa das plantas e o excesso de brotações também são eliminados.


Segundo o presidente do Incaper, Gilmar Dadalto, com a nova tecnologia, o produtor terá no mínimo 20% de aumento na produtividade. “Isso significa dizer que das 27 sacas/ha colhidas em média no Estado, haverá um incremento de 5,4 sacas, o que resultará em 32,4 sacas/ha. Se for considerado o preço médio de venda da saca, R$ 210,00, serão R$ 1.134,00 a mais de lucro por hectare”, explica.


Outra vantagem da poda programada é a redução de 32% na mão-de-obra utilizada. Enquanto na poda tradicional são gastos 20 dias na realização do serviço, na nova técnica serão 13,6, ou seja, diminuição de 6,4 dias de trabalho por hectare.


A média de custo de um dia de serviço na lavoura, considerando todos os encargos, é de R$ 35,00. Com aproximadamente uma semana a menos de mão-de-obra, o cafeicultor vai economizar R$ 224,80/ha.


Então, somando-se o aumento do lucro de R$ 1.134,00 e a economia da mão-de-obra em R$ 224,80, serão R$ 1.358,00 de ganho em cada hectare. “É como se o produtor recebesse 6,6 sacas em dinheiro a mais, por hectare”, destaca o coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura do Incaper, Romário Ferrão.


Principais vantagens da poda programada:
– Aumento superior a 20% na produtividade;
– Redução média de 32% de mão-de-obra no período de 10 colheitas;
– Facilidade de entendimento e execução;
– Padronização do manejo da poda;
– Maior facilidade para realização da desbrota e dos tratos culturais;
– Maior uniformidade das floradas e da maturação dos frutos;
– Melhora o manejo e controle de pragas e doenças;
– Maior estabilidade de produção na lavoura e maior qualidade do produto.

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