As exportações dos Cafés do Brasil totalizaram 3,75 milhões de sacas de 60 kg em setembro de 2025, o que representa queda de 18,4% em relação às 4,6 milhões de sacas vendidas no mesmo mês do ano anterior. A despeito da redução no volume, a receita cambial aumentou 11,1%, alcançando US$ 1,37 bilhão. A exportação de café da espécie arábica (Coffea arabica) foi responsável por 79% do volume total, ao atingir 2,96 milhões de sacas. A espécie Coffea canephora (café conilon e robusta), com 489,68 mil sacas, alcançou 13% de participação, enquanto o café solúvel representou 8% do total, com o equivalente a 290 mil sacas exportadas.
Alemanha ultrapassa os Estados Unidos e se torna o principal destino do café brasileiro em setembro de 2025. Os efeitos do tarifaço de 50% imposto pelos EUA, sobre os cafés brasileiros levaram a uma expressiva retração de 52,8% nas compras americanas, em comparação com setembro de 2024, abrindo espaço para a Alemanha assumir a liderança entre os principais destinos das exportações brasileiras do mês.
Antes de prosseguir com esta análise do desempenho histórico das exportações dos Cafés do Brasil, convém esclarecer que os números e demais dados citados, entre várias outras informações do setor, constam do Relatório mensal setembro 2025, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Conforme os dados divulgados pelo Cecafé no relatório em destaque, os dez principais destinos das exportações dos Cafés do Brasil, no mês de setembro de 2025, num ranking em ordem decrescente. Em primeiro colocado, conforme citado anteriormente, figura a Alemanha com 654,6 mil sacas, que correspondem a 17,5% do total vendido no período; seguida da Itália, em segundo lugar, com 334,65 mil sacas importadas (8,9%); Os Estados Unidos, após expressiva redução de 52,82%, figuram em terceiro lugar, ao importar 332,83 mil sacas (8,9%); Japão, na sequência, com 219 mil sacas (5,8%); e a Bélgica, na quinta colocação, 185,11 mil sacas (4,9%).
Na sequência, a Holanda, na sexta posição, com 150,93 mil sacas (3,4%); Países Baixos, em sétimo, com 150,93 mil sacas (4%); alcançando a sétima posição, após um aumento de 30,1% na importação dos Cafés do Brasil, está a Turquia, com 150 mil sacas compradas (4%); A Espanha se destaca como sendo o oitavo maior país importador do produto brasileiro com 142,37 mil sacas compradas (3,8%). Estreando no ranking dos dez principais países importadores do café brasileiro, após um aumento muito expressivo de 567,66% na comparação com setembro de 2024, surge a Colômbia, segundo maior produtor mundial de café da espécie arábica, em nono lugar com 107,28 mil sacas importadas, que equivalem a 2,9% das exportações nacionais no período em destaque.
Por fim, o Canadá, que mesmo após uma redução de 22,72% nas importações dos Cafés do Brasil está na décima colocação no ranking, com 106,93 mil sacas compradas, volume que equivale a 2,9% do total das exportações nacionais dos Cafés do Brasil, em setembro de 2025.
Cafés diferenciados mantém desempenho expressivo.
Vale destacar também o desempenho dos cafés diferenciados no atual ano civil, mais precisamente de janeiro a setembro de 2025. Os cafés diferenciados, que são aqueles que apresentam qualidade superior ou certificados por práticas sustentáveis, representaram 20,3% das exportações totais do País (43,09 milhões de sacas de 60kg), com 5,91 milhões de sacas e US$ 2,51 bilhões de receita. Os Estados Unidos seguem líderes nesse segmento, com 987,5 mil sacas, seguidos de Alemanha (825,6 mil) e Bélgica (667,8 mil).
Consórcio Pesquisa Café
