Um dia depois da exoneração de Gustavo Moura do cargo de presidente da Ceplac, o superintendente da Ceplac para a Bahia e Espírito Santo (Subes), Geraldo Landim, pediu a sua exoneração do cargo. Funcionário do quadro efetivo do órgão federal, ele sai em solidariedade ao diretor Gustavo Moura.
A portaria nº 477, que exonera o diretor, foi assinada pela ministra da Casa Civil, Dilma Roussef e publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira.
De acordo com o Jornal A Tarde, Gustavo Moura considerou a sua exoneração “necessária e esperada”.
“Tenho cacau no sangue e nenhum rancor com as mudanças. Continuo acreditando na Ceplac”, disse o ex-diretor do órgão.
As informações de bastidores dão conta de que a insatisfação com o desempenho de Gustavo Moura era grande por parte do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.
O ministro se queixava da falta de desenvoltura, tanto técnica como administrativa, do diretor. Há alguns meses atrás, quando se discutiu a possibilidade de extinção da Ceplac, o ministro acabou reconhecendo que a instituição era necessária, mas que seria preciso modificar a gestão.
Outra fonte ligada diretamente a diretoria da Ceplac, diz que o fato do ministro ser do PMDB e o ex-diretor Gustavo Moura ser ligado ao PT, partido do secretário de agricultura da Bahia, Geraldo Simões, culminou na queda de Moura.
A queda de Gustavo Moura da direção-geral da Ceplac repercutiu em toda a Bahia e foi comemorada com grande foguetório por parte dos funcionários da instituição.
Um carro de som anunciava a queda do dirigente, numa manifestação puxada pelos pesquisadores Raul Vale e José Luiz Pires.
Gustavo Moura estava na direção da Ceplac desde 2003. Ele foi o primeiro produtor de cacau a assumir o órgão federal criado há 51 anos.
Franco Fiorot
Redação Campo Vivo

