As exportações do agronegócio deverão chegar a US$ 55,0 bilhões em 2007, o que representa um aumento de 11,3% frente ao total exportado de US% 49,4 bilhões no ano passado.
As estimativas são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que prevê um crescimento de 10% no saldo da balança comercial do agronegócio em relação a 2006, alcançando US$ 47 bilhões este ano. As estimativas indicam, também, um crescimento de 19,5% nas importações, que deverão atingir US$ 8,0 bilhões em 2007. “O barateamento do custo dos produtos importados devido ao câmbio favorável e a elevação das importações de trigo levarão o Brasil a retomar os níveis recordes de importação verificados no final da década de 90”, afirmou Antônio Donizeti Beraldo, assessor técnico da Comissão Nacional de Comércio Exterior da CNA.
A análise dos resultados de agosto da balança comercial do agronegócio mostra um aumento de 13,1% nas exportações, taxa superior ao índice crescimento de 10,5% das exportações totais do Brasil no mês. O aumento mais expressivo ocorreu no segmento de carne de frango, cujas exportações cresceram 46,7%, totalizando US$ 2,94 bilhões em agosto, como reflexo do aumento de 21,3% no volume exportado e 20,9% nos preços. Carnes e o complexo soja continuam garantindo os bons resultados da balança comercial do setor. As exportações do conjunto de carnes aumentaram 33,7% no semestre, como resultado do aumento de 20,7% na quantidade exportada e 10,7% nos preços internacionais.
O complexo soja também registrou aumento nas exportações, que cresceram 17,8%, com desempenho recorde de US$ 7,99 bilhões no semestre. A elevação de 20,6% nos preços no mercado externo, ocasionada pelo aumento da demanda mundial, foi a principal responsável por esse desempenho. “O Brasil também está sendo beneficiado pela colheita de uma safra recorde de 57,55 milhões de toneladas de soja, superior em 7,8% à safra anterior”, explicou Donizeti.
As exportações de milhões continuam registrando índices surpreendentes de aumento, que chegaram a 221,8% no semestre, totalizando a cifra inédita de US$ 1,0 bilhão no período. “O aumento do consumo interno de milho nos Estados Unidos e a conseqüente redução das suas exportações vêm abrindo espaço para o milho brasileiro no mercado internacional”, afirmou o assessor técnico da CNA.
Quanto as importações, os números do semestre revelam um aumento de 33,3% em relação ao ano passado, totalizando US$ 5,49 bilhões no período. As causas, segundo Donizeti, foram o câmbio favorável, que barateou o custo dos produtos importados, e a elevação de 64,4% das importações de trigo.
Assessoria de Comunicação da CNA