O frango vivo comercializado nas granjas do interior paulista sofreu a quarta baixa do mês e, após perder mais cinco centavos de seu preço (como nas vezes anteriores), foi comercializado por R$1,60/kg. O mesmo comportamento foi observado em Minas Gerais, onde o produto agora está cotado em R$1,65/kg.
Analisando o atual desempenho do setor, a Jox Assessoria Agropecuária deixa entrever que, a exemplo de meses anteriores, a oferta de aves vivas criadas especificamente para o mercado spot continua restrita, sem apresentar excedentes. O que há, sim, é o aparecimento de grandes volumes originalmente destinados ao abate próprio de empresas integradas. Como não vislumbram melhores perspectivas para o frango abatido, essas empresas se servem do chamado “mercado paralelo” como válvula de escape. E o maior senão, neste caso, é que a queda de preços do frango vivo também acaba puxando “para baixo” os preços do abatido, o que apenas agrava a situação de todo o setor.
O fato é que, neste instante, a cotação do frango vivo registra redução de 11% no mês, o que faz com que se encontre apenas 6% acima daquela registrada há um ano – quando o setor apenas iniciava o processo de recuperação da crise enfrentada nos primeiros meses do ano. E isso significa dizer, também, que a atual remuneração é absolutamente a mesma percebida há exatos dois anos, em setembro de 2005, ocasião em que o setor recebeu (na maior parte do mês) R$1,60 por quilo de frango vivo. Só que sob condições de produção (custos) absolutamente diversas das atuais.
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