Governo nomeia novo secretário de Política Agrícola; antecessor foi afastado após polêmicas no leilão de arroz

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Novo secretário, Guilherme Campos já era superintendente da pasta em SP; ele é ex-deputado e filiado ao PSD, do ministro Carlos Fávaro. Neri Geller deixou cargo em junho

Guilherme Campos | Foto: Agência Brasil

O governo federal nomeou nesta terça-feira (9) o ex-deputado federal Guilherme Campos, do PSD, como novo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária.

No cargo, Campos vai suceder Neri Geller – ex-deputado e ex-ministro do PT afastado após suspeitas de irregularidades nos leilões do governo para comprar arroz importado.

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A nomeação foi publicada no “Diário Oficial da União” e é assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

No novo cargo, Guilherme Campos vai responder diretamente ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também do PSD. Ele já atuava no ministério como superintendente de Agricultura e Pecuária no estado de São Paulo.

Quadro do PSD

Engenheiro Civil, Campos é um quadro tradicional do PSD. Foi vice-prefeito de Campinas, deputado federal por dois mandatos (2007 a 2014) e presidente dos Correios no governo Michel Temer (MDB).

Em redes sociais, o novo secretário aparece em diversas publicações recentes ao lado do presidente do PSD, Gilberto Kassab, em cerimônias e encontros políticos.

O Ministério da Agricultura está na cota do PSD, um dos partidos que integram a base de apoio do presidente Lula no Congresso Nacional. O partido ocupa três ministérios:

  • Agricultura: Carlos Fávaro
  • Pesca: André de Paula
  • Minas e Energia: Alexandre Silveira

 

Troca após suspeitas em leilão

A saída de Geller do Ministério da Agricultura ocorreu após o governo federal anular o leilão para importação de 263 mil toneladas de arroz.

A Conab justificou ter encontrado indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras.

Um ex-assessor de Geller, que também é sócio do filho do ex-secretário em uma empresa, foi um dos negociadores do leilão. Isso fez com que a oposição e associações de produtores alegassem um suposto favorecimento.

O governo, após idas e vindas, desistiu de fazer os leilões de arroz para compensar as eventuais perdas de produção por conta das chuvas no Rio Grande do Sul.

G1

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