Cervejaria sugeriu dia sem carne e gerou revolta no agronegócio
A polêmica foi armada no final de semana de 20 e 21 de março. A marca de cerveja Heineken sugeriu, em suas redes sociais, no Dia Mundial sem Carne, uma alimentação “mais verde”. “Neste Dia Mundial Sem Carne, que tal comer e beber mais verde? A cerveja feita com água, malte, lúpulo e nada mais é a opção perfeita para o acompanhamento de hoje”, dizia a publicação.
Logo após o setor da pecuária protestou e iniciou uma campanha também nas redes sociais contra o consumo da cerveja holandesa no churrasco. A marca chegou a voltar atrás e disse que respeitava todos os gostos.
Depois da repercussão negativa a marca pediu uma reunião com os pecuaristas. Na última terça-feira (30), a diretoria da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) recebeu em ambiente virtual a equipe de diretores da Heineken Brasil.
“A reunião teve o propósito de esclarecer a intenção do conteúdo veiculado em redes sociais sobre o Dia Mundial sem Carne, reconhecendo a influência e o alcance das ações da companhia”, declarou a Heineken, em nota.
De acordo com a Acrimat, a cervejaria solicitou a reunião para “prestar esclarecimentos, se desculpar com o setor e nos comunicar que farão o que for preciso para tentar mudar esse cenário”. Associação informou ter ouvido as explicações e ter demonstrado “a grande insatisfação – quase unânime – do setor”.
“Depois, nos colocamos à disposição para informações sobre nossa carne, suas qualidades e principalmente sobre o respeito que temos à sustentabilidade quando produzimos”, acrescentou a associação, também em nota.
No ano passado a pecuária somou R$ 290,8 bilhões, incremento de 7,9%, no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP). Em 2021, na pecuária, bovinos, frangos e leite devem liderar os resultados do VBP, com participação de 85,9% no faturamento. O índice corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento agropecuário, com base nos preços pagos ao produtor. A agropecuária representa 6,8% do PIB brasileiro.
Agrolink