Nova ameaça à importação de café mobiliza o ES

por admin_ideale

O Governo do Espírito Santo, as instituições com atuação na cafeicultura e os produtores rurais capixabas são contra a importação de café verde para abastecer uma fábrica de café em cápsulas, que poderá ser construída no Estado de Minas Gerais.

Durante esta semana, diante da possibilidade do investimento, Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Comissão da Agricultura da Assembleia Legislativa, Incaper, Faes, Fetaes, Cetcaf, Organização das Cooperativas do Brasil (OCB/ES), Cooabriel, Sindicato Rural de Jaguaré, Associação de Irrigantes do Espírito Santo e a representação capixaba na Confederação Nacional da Agricultura organizaram um documento, firmando a contrariedade, e enviaram ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), à Confederação Nacional da Agricultura e ao Conselho Nacional do Café.

“É importante deixar claro que não somos contrários a investimentos que promovam a agregação de valor do café por meio da industrialização, mas sim à forma de importação de café verde, à isenção de impostos para importação de embalagens do exterior e ao baixo nível de comprometimento e de recursos previstos pela empresa em desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli

Segundo o protocolo para implantação do investimento, os cafés seriam importados da Colômbia, Quênia, Etiópia e Vietnã para compor em 35% a mistura (blend) desejável na cápsula de café em dose única. Os outros 65% seriam de cafés produzidos no Brasil e, ao longo do tempo, esse percentual subiria para 85%.

Economicamente, além dos riscos às lavouras, o café verde importado, após processado, seria comercializado no mercado nacional, concorrendo com a produção de café brasileira. “Além de possuirmos com fartura e qualidade o produto aqui em terras capixabas e no Brasil, jamais iremos colocar em risco um patrimônio capixaba que envolve 400 mil pessoas diante de um investimento que vai gerar 400 empregos. A entrada de café de outros países pode trazer junto pragas e doenças inexistentes no território nacional, além de ser injusta a importação de embalagens desoneradas de tributos, tendo em vista uma série de investimentos que estão em curso no Brasil, neste elo da cadeia produtiva”, ressalta Enio Bergoli.

O Espírito Santo é o segundo maior produtor de café do Brasil, sendo o primeiro em Conilon. A cafeicultura é a principal atividade econômica do Estado, ocupando cerca de 400 mil pessoas. Na safra passada (2013), a produção capixaba atingiu 11,7 milhões de sacas, gerando aproximadamente R$ 2,3 bilhões de faturamento aos cafeicultores.

 

 

 

 

Léo Júnior

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