Já está em circulação a edição de nº 43 da Revista Campo Vivo. A distribuição dos exemplares começou a ser feita nessa quinta-feira (24), nos municípios do Espírito Santo e da região sul da Bahia.
Confira a capa e o editorial com os destaques da publicação:
Políticas setoriais no agronegócio
O agronegócio brasileiro é um importante player no mercado internacional de commodities agrícolas com destaque para vários produtos relevantes, como carnes, soja, açúcar, café, suco de laranja, entre outros. Além de contribuir significativamente para o saldo positivo da balança comercial nacional, as exportações agrícolas colaboram no papel de estímulo do crescimento de nossa agricultura. De 1973 a 2014, a produção de nossa agricultura cresceu à taxa anual de 4,80%, superior ao incremento da população, o que dinamizou as exportações, e proporcionou queda do preço da cesta básica.
Monitorar e entender os fatos internacionais ligados ao agronegócio é essencial para definição de estratégias e tomadas de decisões no setor agropecuário brasileiro. Intempéries climáticas, casos de sanidade animal ou aparecimento de pragas nas lavouras, decisões governamentais, entre outros fatores, em regiões produtoras de determinados alimentos mundo afora, podem interferir diretamente no desenvolvimento de cadeias produtivas ligadas as exportações ou no abastecimento interno de produtos importados pelo Brasil. Sendo assim, torna-se necessário o acompanhamento frequente dos fatos mundiais para o sucesso dos nossos agronegócios.
Outro fator que demanda atenção no setor agrícola e pecuário é a logística, tanto para o mercado externo e também o interno. Recorrentemente alvo de reclamações pela ineficiência dos modais atuais e, em alguns casos, praticamente inexistentes, o tema afeta diariamente os processos do agronegócio e a competitividade do agro nacional. Recentemente, a paralisação dos caminhoneiros no país mostrou a falta de planejamento logístico que o país atravessa. Com sérios prejuízos ao setor rural, a paralisação motivou a edição de medida provisória e resoluções que determinam política de preço mínimo dos fretes terrestres. Na tentativa de estimular o setor do transporte rodoviário com garantias de preços mínimos, a medida é considerada por instituições setoriais como sem funcionalidade já que, com aumento dos preços, afeta diversos segmentos produtivos e industriais e não terá sustentabilidade para manter a demanda pelos serviços considerando toda cadeia produtiva. Alguns produtores rurais, por exemplo, já estão optando pelo investindo em frotas próprias o que irá elevar a oferta de frete que já é alta.
Através de planejamentos regionais e setoriais adequados e as parcerias do setor privado com os governos é possível estabelecer diretrizes e estratégias de melhorias nos gargalos do setor, entre eles a logísitca. Surge a necessidade, visando soluções mais consistentes, mesmo que a médio e longo prazo, que a União, os Estados e setores produtivos, que compõe cada região produtora do país, estabeleçam um plano de ações com prioridades de melhoras na logística nacional traçando ações prioritárias e definindo os investimentos necessários, em cada região, para escoamento mais eficiente dos produtos nacionais.
Com essa abordagem especial no nosso editorial convidamos você, leitor, para uma leitura positiva nesta edição da Revista Campo Vivo.
Boa leitura!
Franco Fiorot, diretor da Campo Vivo Comunicações