Produção de café no Brasil, Colômbia e Peru representa 48% da produção mundial

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Imagem: Divulgação

Os países produtores de café da América do Sul, principal região fornecedora do produto em nível mundial, no mês de janeiro de 2019, exportaram 4,76 milhões de sacas, volume que representa um acréscimo de 16,4%, se comparado com o mesmo mês do ano anterior. Se forem consideradas as exportações acumuladas em quatro meses seguidos (outubro de 2018 a janeiro de 2019), o total exportado soma 21,6 milhões de sacas, com percentual de crescimento de 17,9%, na comparação com o mesmo período anterior.

No caso dos Cafés do Brasil, com relação a exportações no mesmo período quadrimestral objeto desta análise, as vendas aumentaram 26,8%, com 14,73 milhões de sacas. Quanto à Colômbia, as exportações atingiram 4,79 milhões, volume que denotou crescimento de 5% em relação ao mesmo período anterior. E as exportações do Peru somaram 1,92 milhão de sacas, as quais registraram aumento de 1,3%.

Quanto à produção de cafés na América do Sul – Brasil, Colômbia e Peru -, região responsável por 47,7% da produção global no ano-cafeeiro 2018-2019, os números indicam que a safra aumentou 4,3%, ao atingir 79,94 milhões de sacas. Somente a produção do Brasil, maior produtor mundial, com aproximadamente 35% da safra mundial, que bateu um recorde histórico, somou 60,1 milhões de sacas.

A Colômbia, que é o segundo maior produtor de café do Continente Americano, de acordo com estimativas, obteve uma safra 14,2 milhões de sacas, volume 2,7% maior que o ano-cafeeiro passado. E o Peru, com safra de 4,36 milhões de sacas de 60kg, registrou 1,7% de crescimento, tendo como base a safra anterior. A produção da Colômbia corresponde a 8,6%, e a do Peru a 2,6%, respectivamente, da produção mundial em 2018.

Os dados e números que permitiram realizar esta análise constam do Relatório sobre o mercado de Café fevereiro 2019, da Organização Internacional do Café – OIC, o qual está disponível para consulta na íntegra no Observatório do café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Para a OIC, o ano-cafeeiro global compreende o período que abrange os meses de outubro a setembro. As demais edições desse Relatório, desde julho de 2014, também estão acessíveis na íntegra no Observatório do Café.

Conforme os dados do Relatório sobre o mercado de Café, com relação às exportações dos demais países produtores de cafés do Continente Americano, especificamente na América Central & México, segundo a OIC, as vendas ao exterior registraram queda de 23,7%, com a venda de 1,18 milhão de sacas no mês de janeiro de 2019. E, ainda, que houve queda de 13,7%, com 3,15 milhões de sacas, nos quatro primeiros meses do ano-cafeeiro de 2018-2019. Nesse contexto, o Relatório ressalta que, Honduras, maior exportador regional e o 8º em nível mundial, no período de outubro de 2018 a janeiro de 2019, exportou 1,19 milhão de sacas, número 22,4% menor que o período passado.

Com base nas análises dos dados das exportações globais, de acordo com as estatísticas da OIC, verifica-se que as vendas do México ao exterior, no período ora citado, caíram 7,7%, ao atingir 850 mil sacas. E que as exportações da Costa Rica caíram 5,3%, com 148,06 mil sacas, após três anos consecutivos de aumento. Em contraponto, as exportações de El Salvador aumentaram 15,9%, ao somar 81,29 mil sacas.

O Relatório sobre o mercado de Café destaca que a produção da América Central & México foi estimada em 21,72 milhões de sacas, a qual registrou um ligeiro decréscimo de 0,5% em relação ao mesmo período anterior. Por fim, estima que a produção de Honduras reduziu 1,5%, passando para 7,45 milhões de sacas; e a do México aumentou 2,5%, pois atingiu 4,5 milhões de sacas. E, ainda, salienta que, com um acréscimo de 34 mil sacas, a produção da Costa Rica totalizou 1,6 milhão de sacas. E, concluindo, as análises da produção dessa região geográfica, o Relatório informa que a produção de El Salvador permanecerá inalterada em relação ao ano passado.

Consórcio Pesquisa Café

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