O Vietnã é o maior produtor de café robusta do mundo. O país participa com aproximadamente 45% da produção desse tipo de café. As exportações desse país no mês de janeiro de 2018 alcançaram 3,29 milhões de sacas, volume que representa quase o dobro do total exportado em janeiro de 2017. A performance está diretamente relacionada ao aumento de 16,4% das exportações vietnamitas, cujo volume, equivalente a sacas de 60kg, alcançou 8,96 milhões de unidades nos quatro primeiros meses do ano cafeeiro de 2017/18.
Com esse desempenho, o Vietnã, sem dúvida, se coloca como o maior produtor e exportador de café robusta e, com isso, responde atualmente por cerca de 45% da produção global, que, de acordo com dados estatísticos da Organização Internacional do Café – OIC, está calculada em aproximadamente 60 milhões de sacas de 60kg. Conforme esses dados, o Vietnã, na safra 2017/18, produziu um total estimado em 28,5 milhões de sacas, volume 11,6% acima da safra anterior (2016/17), apesar de ser 0,8% abaixo do que foi produzido na safra 2015/16. Esses números da performance da cafeicultura do Vietnã, assim como da produção e consumo de outros países, constam do Relatório sobre o mercado de Café – fevereiro 2018. Para a Organização, a safra de café compreende os meses do período de outubro a setembro.
De acordo ainda com os dados do Relatório da OIC, a Indonésia e a Índia também são produtores relativamente grandes de café robusta, pois respondem, respectivamente, por cerca de 15% e 6% da produção global. Contudo, os dados da Organização estimam que a produção da Indonésia declinará em torno de 6% e atingirá o equivalente a 10,8 milhões de sacas de 60kg na safra 2017/18. De outro lado, a produção da Índia deverá aumentar 12,3%, a qual está sendo provisoriamente estimada em 5,84 milhões de sacas. Nesse contexto, as exportações desse país nos quatro primeiros meses do ano-safra 2017/18 (outubro, novembro, dezembro e janeiro) somaram 1,91 milhão de sacas, número que representa crescimento de 11,9%, se comparado com o mesmo período de 2016/17.
Em relação aos cafés arábicas, conforme a OIC, Honduras é o maior produtor dos cafés arábicas do tipo “Outros Suaves”, país que responde por cerca de 25,6% da produção global. Os tipos de cafés arábicas adotados e classificados pelo OIC são: “Colombian Milds”, “Other Milds” e “Brazilian Milds”. Nesse caso, a produção hondurenha (Other Milds) da safra 2017/18 está estimada em 8,35 milhões de sacas, volume que deverá ser 12% acima da safra de 2016/17. O aumento da produção já está refletido no maior volume exportado pelo país nos quatro primeiros meses do ano cafeeiro de 2017/18, que foi de 1,53 milhão de sacas, se comparado com o volume de 1,36 milhão de sacas vendidas ao exterior no mesmo período de 2016/17.
Em relação aos cafés arábicas classificados como outros suaves (Other Milds), outros países produtores, como Peru, México e Guatemala respondem atualmente, em média, por aproximadamente 12% da produção global cada um, ou seja, em torno de 38% conjuntamente. E assim a produção estimada desses três países será maior que em 2016/17, cujos volumes, respectivamente, serão de 4,6 milhões de sacas (Peru), 4 milhões (México) e 3,8 milhões (Guatemala). Da mesma forma, as exportações desses três países, nos quatro primeiros meses do ano cafeeiro de 2017/18, foram maiores que no mesmo período de 2016/17. A estimativa é de que as exportações do Peru aumentaram 0,6% e atingiram 1,89 milhões de sacas; as do México aumentaram 28,7% e foram para 0,98 milhão de sacas; enquanto que as da Guatemala tiveram aumento de 10,5% e atingiram o volume de 0,43 milhão de sacas de 60kg.
Segundo a classificação da OIC, o Brasil responde por cerca de 79% da produção global dos cafés “Brasilian Naturals”, seguido pela Etiópia. A estimativa da produção nesse país, no ano-safra 2017/18, é de 7,65 milhões de sacas, volume 4,8% a mais que em 2016/17. No período de outubro de 2017 a janeiro de 2018 a Etiópia exportou 1,11 milhão de sacas de 60kg, volume apontando pela OIC como sendo 41,9% a mais que no mesmo período do ano cafeeiro passado.
Quanto aos cafés tipo “Colombian Milds”, o Relatório indica que a Colômbia responde por cerca de 92% da produção. E, com relação às exportações, nos quatro primeiros meses do ano cafeeiro de 2017/18, o qual está sendo objeto desta análise, a Colômbia exportou 4,56 milhões de sacas, volume equivalente a sacas de 60kg 11,4% a menos que no mesmo período do ano cafeeiro passado. A OIC atribui essa queda a chuvas excessivas ocorridas no país que levaram a menor produção no primeiro trimestre do ano-safra de 2017/18, mas que, em contraponto, podem, segundo o Relatório, melhorar a produtividade da safra intermediária (mitaca). Assim, no total estima-se provisoriamente que a produção da Colômbia na safra 2017/18 é de 14 milhões de sacas, 4,3% a menos que no ano cafeeiro de 2016/17.
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Embrapa Café