Quanto maior a produção e produtividade agrícola do Brasil, mais os preços caem, o que beneficia o setor supermercadista e, consequentemente, o consumidor, disse o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) durante entrevista logo após participar do 51ª Convenção da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), em São Paulo.
“Milho e soja mais baratos significam frango, presunto e mortadela mais baratos e isso desagua nos supermercados”, ressaltou Maggi. Ele acrescentou que a estabilidade das cotações dos alimentos, contribui para o controle da inflação, o que tem reflexos positivos no setor supermercadista.
O ministro destacou ainda a relação do Ministério da Agricultura com a cadeia varejista e com os consumidores. “É preciso que o consumidor brasileiro dê crédito ao Ministério da Agricultura. Até mesmo porque tudo que passa pelos supermercados, como carnes, verduras, frutas, cereais, processados e refrigerantes, é de responsabilidade do Ministério da Agricultura.” Maggi também cumprimentou a Abras pelo lançamento da campanha sobre segurança alimentar com a garantia do Mapa.
Em seu discurso no evento, Maggi apresentou números sobre a ocupação de área pela agropecuária brasileira. “Apenas 8% do território do país são destinados à agricultura e a pecuária ocupa 23%. O Brasil preserva, de forma natural, 71% de sua área. Do total, os produtores rurais são responsáveis por 11% da preservação, sem receber um centavo sequer.”
“Ninguém no mundo tem a agricultura sustentável como nós temos”, enfatizou o ministro. Para ele, o mercado internacional precisa reconhecer e valorizar isso. Uma das formas de os países importadores compensar o Brasil, segundo Maggi, é dando preferência aos seus produtos agropecuários.
O ministro participou da convecção da Abras na noite dessa terça-feira (12).
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