Com 49,1 milhões de hectares cultivados de culturas transgênicas em 2016, o Brasil é o país que teve o maior crescimento na adoção de biotecnologia no ano passado: de 11% em relação a 2015, ou o equivalente a 4,9 milhões de ha. É o que aponta o novo relatório do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), divulgado nesta quinta-feira (04.05).
Com essa expressiva expansão, a agricultura brasileira está agora no segundo lugar no ranking global de adoção de biotecnologia no campo. O País está atrás apenas dos Estados Unidos (72,9 milhões de ha), tendo o dobro da área da Argentina (23,8 milhões de ha), que é o terceiro posto.
“A agricultura tropical precisa superar diversos obstáculos e, em virtude disso, o produtor brasileiro tem uma demanda natural por ferramentas que o ajudem a superar esses desafios; a transgenia faz isso com eficiência e segurança”, explica a diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani.
De acordo com o ISAAA, a taxa de adoção de soja geneticamente modificada (GM) no Brasil é de 96,5%. No milho, o Brasil plantou 88,4% da área (safras de inverno e verão) com variedades transgênicas. No algodão, esse índice foi de expressivos 78,3%.