A safra de café 2017/18 do Brasil deverá atingir 48,055 milhões de sacas de 60 kg, o que representa queda de 11,7% na comparação com a temporada anterior, com uma menor produção de grãos do tipo arábica devido à bienalidade negativa da cultura e também uma menor produção de robusta, estimou nesta terça-feira a exportadora Terra Forte.
A primeira estimativa da exportadora foi realizada após uma longa expedição técnica pelas regiões produtoras, que apontou uma queda de 13% na safra de café arábica, para 38,175 milhões de sacas, e uma redução de aproximadamente 5 por cento na de robusta (conilon), para 9,88 milhões, de sacas.
Por região produtora, segundo a Terra Forte, o Sul de Minas apresentará recuo para 13,1 milhões de sacas, cerca de 3 milhões de sacas abaixo da safra passada –a área é a mais importante região produtora de arábica do Brasil, maior exportador global de café.
A Zona da Mata da Minas Gerais, por outro lado, terá um ligeiro aumento na produção, para 7 milhões de sacas, área que registra inversão do ciclo bianual. “A região vai ter boa safra, mas não excepcional, como temos ouvido de outras fontes”, afirmou a Terra Forte em nota.
Na principal área produtora de café robusta do Brasil, o Espírito Santo, o tempo finalmente melhorou após longo período de seca durante o período de floração.
“Infelizmente, foi muito tarde para uma recuperação no ciclo 2017/18”, disse a Terra Forte, ressaltando que alguns produtores com lavouras afetadas pela seca nos últimos anos trocaram o cultivo de café para o de pimenta, devido às perdas registradas.
Reuters