Secretário relata morte de gado em Ponto Belo

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A previsão está confirmada: os efeitos da severa crise hídrica só aumentam na zona rural de Ponto Belo. O secretário de Agricultura e também de Transportes e Obras, Claudiele Pereira da Penha, disse que o quadro piorou ainda mais nos últimos 20 dias, já que, conforme disse, onde havia água no início do mês, não há mais nada. Ele frisou que nem para dessedentação animal o produtor está encontrando água.

Claudiele salientou que, antes, a solução era cavar o solo para achar água, como um bebedouro para o gado, mas pondera que, agora, nem esse processo adianta mais e os animais estão morrendo de sede. “A única coisa que o produtor pode fazer neste momento é pedir a Deus para chover porque o gado está morrendo de sede”, completou.

O secretário frisou que os produtores estão em estado de choque com a escassez de água e que moradores mais antigos dizem que esta é a mais severa crise hídrica dos últimos 30 anos. Ele explicou que antes o problema era falta de capim, que secava, mas ao menos ainda encontrava água. “Agora, nem água tem. Alguns produtores que têm mais recursos estão alimentando o gado com ração”.

Segundo Claudiele, a Prefeitura está realizando uma ação paliativa junto às propriedades rurais, que consiste em aprofundar cacimbas e poços e fazer o manilhamento das estruturas para garantir água para que as famílias mais necessitadas não sofram tanto com a falta de chuva.

Claudiele lembrou que a Cesan mudou a captação de água para manter o abastecimento na Cidade. A água está sendo captada no Balneário de Dourado, uma represa construída para o lazer, e, com isso, a Cesan não está recorrendo ao racionamento. A estiagem prolongada fez secar a represa no Bairro Fundão, de onde era captada a água para abastecimento de Ponto Belo. O secretário frisou ainda que algumas localidades estão sendo abastecidas com o auxílio de um carro-pipa doado pelo Governo do Estado.

Em nota, a Cesan afirmou que “em Ponto Belo a situação está confortável em relação aos outros municípios da região”. E que o abastecimento está normal, mas que “há uma grande necessidade de se praticar o consumo consciente da água”. A Cesan afirma ainda que “o Município tem uma das maiores barragens da região e no momento não há previsão de racionamento”.

 

Tribuna do Cricaré

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