O serviço veterinário da Etiópia aprovou o certificado zoosanitário do Brasil para a exportação de material genético (sêmen e embriões). Isso significa que os estabelecimentos brasileiros que processam e coletam esse tipo de produto já podem fazer negócios com os etíopes.
Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, o Brasil possui bovinos de alto padrão zootécnico. Além disso, acrescenta, os estabelecimentos de coleta e processamento de material genético bovino têm alto nível de tecnificação e biosseguridade.
A aprovação da Etiópia é resultado do trabalho do Departamento de Saúde Animal, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) que, desde o ano passado, vêm trabalhando para alavancar as exportações de material genético bovino.
Em maio deste ano, o ministério e o setor privado verificaram que a Etiópia é um mercado potencial para sêmen e embriões de bovinos. O país tem um plano para o desenvolvimento da pecuária. Em cinco anos, pretende dobrar a produção de leite e aumentar em 50% a produção de carne bovina. O rebanho bovino soma 52 milhões de cabeças.
Diante disso, o Mapa enviou às autoridades veterinárias etíopes propostas de certificados zoossanitários para a exportação de material genético. A negociação foi finalizada agora em junho. Segundo o Departamento de Saúde Animal, os estabelecimentos de coleta e processamento de sêmen e embriões bovinos, registrados no Mapa, podem iniciar imediatamente as exportações para o mercado etíope.
A Etiópia tem 92 milhões de habitantes aproximadamente. Oitenta por cento da população vivem da agricultura, que representa 90% do Produto Interno Bruto (PIB).
Mapa