Alta no preço já faz com que feijão seja vendido mais caro que café em MG

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A alta no preço do feijão já faz com que a saca do grão seja vendida por um valor mais alto do que o da saca do café no Sul de Minas. Segundo a Ceasa, o preço médio da saca de 60 kg do feijão carioquinha é de até R$ 600, enquanto a saca de 60 kg do café tipo arábica é comercializada a R$ 492- uma diferença de 18%.

O feijão carioquinha subiu 33% nos últimos meses. No campo, o grão está miúdo. Dentro das vagens, ele quase não aparece. O motivo é que este ano o tempo não ajudou, dizem os especialistas.

“O grosso da produção ocorre no Paraná, a semeadura é feita em agosto, setembro e a colheita, dezembro, janeiro e aí choveu muito, tiveram perdas muito grandes”, explicou o especialista em melhoramento de feijão, Magno Antônio Patto Ramalho.

O reflexo está na quebra da produção. No ano passado, por exemplo, o produtor Décio produziu 1,8 mil kg por hectare. Neste ano, ele deve colher apenas 600 kg por hectare.

“A vagem de feijão normalmente dá em torno de seis, sete grãos. [Agora] está em torno de dois, três grãos por vagem. O lucro do produtor deve ser maior do que no ano passado.”, disse o produtor rural Décio Paulino da Costa.

Na mesa do consumidor, o feijão está pesado. O carioquinha, um dos mais consumidos, subiu 33%. Para economizar, fazendo trocas no cardápio e comendo outros tipos, como o feijão preto, por exemplo, que é 40% mais barato.

“Eu tenho que servir feijão e aí eu dei duas opções, o vermelho, que é a metade do preço, e o preto, que é a metade do preço também”, disse a comerciante Elizabeth Rodrigues de Castro.

Segundo o especialista Magno Ramalho, o preço da saca do feijão superou o do café em outras ocasiões, quando o grão estava desvalorizado. Mas o que acontece agora é incomum, já que a cotação do café está boa.

G1 Sul de Minas

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