De acordo com levantamento divulgado ontem pela Conab, a colheita deverá alcançar, no total, 196,5 milhões de toneladas, quase 6 milhões a menos que o previsto em maio e volume 5,4% inferior ao registrado no ciclo 2014/15. Em novembro, quando divulgou suas primeiras projeções para 2015/16, a média dos limites inferior e superior calculados pela Conab indicava uma colheita de 210,8 milhões de toneladas. Em pesquisa divulgada também ontem, o IBGE previu uma produção total de grãos de 195,9 milhões de toneladas.
Para a soja, carro-chefe do agronegócio nacional, a Conab passou a prever uma colheita de 95,6 milhões de toneladas, ante as 96,9 milhões estimadas em maio e o recorde de 96,2 milhões de toneladas observado na temporada 2014/15. “Houve atraso no plantio em diversos Estados e também houve veranico, o que impactou a produtividade média, inferior à da safra passada”, diz comunicado veiculado ontem pela Conab.
No caso do milho, a autarquia ajustou sua estimativa para 76,2 milhões de toneladas, ante as 80 milhões projetadas em maio e as 84,7 milhões de 2014/15. Em razão do déficit hídrico em importantes regiões produtoras, essa queda em relação ao ciclo passado foi se aprofundando a cada novo levantamento divulgado pela Conab. Em novembro, a média dos limites inferior e superior sinalizava uma colheita nacional de 81,9 milhões de toneladas.
No caso do trigo, que está em fase de plantio no país, a Conab elevou sua previsão para a produção. Passou a trabalhar com 5,9 milhões de toneladas, 6,3% mais que na temporada anterior. Ao contrário do que acontece com soja e milho, grãos fundamentais para as exportações brasileiras, o trigo pesa do lado das importações. E, segundo a autarquia, as compras no exterior deverão aumentar quase 3%, para 5,4 milhões de toneladas.
Além do trigo apenas culturas secundárias têm previsão de aumento da produção em 2015/16. Estão no rol amendoim, aveia, canola, centeio e cevada. Algodão, girassol, mamona, sorgo e triticale, além de arroz, feijão, soja e milho, amargarão retrações.
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