Comissão de Trabalho sobre Solos Degradados no Espírito Santo foi criada pela Sociedade Espiritossantense de Engenheiros Agrônomos
No Dia Mundial do Solo, celebrado nesta quinta-feira, 5 de dezembro, o Espírito Santo destaca uma importante iniciativa para a conservação e recuperação de um dos recursos mais preciosos para a vida no planeta. Reconhecido por sua diversidade de cultivos e relevância no mercado nacional e internacional, o solo capixaba agora conta com o reforço da Comissão de Trabalho sobre Solos Degradados no Espírito Santo, criada pela Sociedade Espiritossantense de Engenheiros Agrônomos (SEEA/ES).
A comissão promoverá ações de manejo sustentável e recuperação de solos degradados, essenciais para a preservação dos ecossistemas e para a produtividade agropecuária.
“Os solos são a base da produção de alimentos, regulam o clima, armazenam carbono e sustentam a biodiversidade. Este é um passo importante para desenvolver políticas públicas voltadas à conservação do solo e da água”, pontuou o presidente do presidente da SEEA, José Roberto Silva Hernandes.
Entre as ações planejadas estão a criação de um banco de dados com informações e imagens georreferenciadas, tanto de áreas degradadas, quanto de casos de sucesso; desenvolvimento de projetos; capacitação de profissionais, produtores rurais, entidades e municípios por meio de treinamentos; além de eventos e divulgações das ações e de boas práticas de forma a engajar a sociedade.
Quer receber as principais notícias do agro capixaba e nacional no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no grupo do Portal Campo Vivo!
O presidente da SEEA destaca a relevância da iniciativa. “Iniciamos a formação da comissão com o objetivo de impulsionar a produtividade agropecuária, fundamentando nossas ações na melhoria da qualidade nutricional, na ampliação da quantidade e qualidade da água, com redução dos custos de tratamento. Além disso, buscamos aumentar os estoques de carbono no solo, ampliar a biodiversidade e mitigar os impactos das mudanças climáticas”, relatou Hernandes.
A força do engenheiro agrônomo
É notória a força do agro capixaba e da busca por uma produção cada vez mais sustentável, e o papel desempenhado pelo engenheiro agrônomo neste contexto, ao longo da história, principalmente no que diz respeito às pesquisas, aliadas à tecnologia, é indispensável para os avanços no setor. A evolução do café conilon em terras capixabas, em especial, chama a atenção.
“O conilon tem uma história de sucesso. Produzíamos em média 20 sacas e hoje tem produtores que chegam a produzir mais de 100 por hectare. Esse avanço é resultado de pesquisas realizadas por engenheiros agrônomos que se dedicaram a encontrar clones favoráveis e meios para melhorar os processos de produção do solo, uso de matéria orgânica e manejo racional de defensivos agrícolas, por exemplo, levando informações até o produtor rural para o crescimento do agronegócio. Com essa comissão, vamos fomentar ações para a recuperação, conservação e o manejo sustentável dos solos e da água”, comentou o presidente da SEEA.
O Dia Mundial do Solo
O Dia Mundial do Solo foi instituído pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para sensibilizar a sociedade sobre a importância deste recurso. Em 2024, o tema é “Cuidando dos Solos: medir, monitorar, manejar”, destacando a necessidade de práticas que preservem a saúde do solo e garantam a segurança alimentar global.
Sobre a SEEA
Com 65 anos de história, a Sociedade Espiritossantense de Engenheiros Agrônomos é uma entidade que representa a classe agronômica capixaba. A SEEA integra a Câmara de Agronomia do CREA-ES, por meio de um conselheiro e é afiliada à Confederação das Federações de Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab).
Redação Campo Vivo