
Um projeto inovador está em andamento para identificar fontes de resistência à fusariose, doença que acomete a pimenta-do-reino. A iniciativa do Centro Universitário Faesa, em parceria com a Fazenda Experimental do Incaper – Linhares, visa, a partir dos resultados, auxiliar melhoristas genéticos de plantas, fitopatologistas e fisiologistas na busca por genótipos ideais, permitindo a criação de tecnologias que controlem a doença.

Para essa identificação, serão inoculados, ou seja, colocados os fungos dentro de plantas de espécies nativas como Piper aduncum L., Piper mollicomum Kunth, Piper tuberculatum Jacq., dentre outras, todas pertencentes do gênero Piper, o mesmo da pimenta-do-reino.
O projeto de pesquisa é conduzido pela professora de Agronomia da Faesa e extensionista rural do Incaper, Aline dos Santos Silva, e conta com a atuação direta da estudante Bliane Morozini Bacheti do 7º período da Faesa Unidade Linhares.
“Estamos na fase de inoculação do fungo, após um longo processo de produção das mudas que nem sempre são fáceis de serem propagadas. Caso a gente encontre essa resistência, o projeto, que será finalizado no final deste ano, seguirá em uma nova etapa, com novos estudos, dentro do melhoramento genético ou da propagação de plantas, pensando em métodos de controle da doença”, explicou a professora.
A fusariose é considerada a principal doença que afeta a cultura da pimenta-do-reino nas propriedades, pois atrapalha a absorção de água e nutrientes causando o murchamento da planta.
“Apesar de existirem alguns manejos, ainda não há um controle definitivo para a doença, que ocasiona perda em termo de produção, o que torna a pesquisa ainda mais importante”, comentou a professora.
Os estudos do projeto de pesquisa estão sendo realizados na Fazenda Experimental do Incaper, em Linhares.
Redação Campo Vivo