Novo mapa mostra onde há maior potencial para a agricultura no Brasil

Os estudos foram desenvolvidos por pesquisadores da Embrapa Solos (RJ) e do IBGE

por Portal Campo Vivo
Feijão em Plantio Direto. Foto: Sebastião Araújo

Está disponível para a sociedade a atualizada do mapa de retirada agrícola das terras do Brasil, na escala um para 500 mil (1:500.000), que indica em nível regional o potencial das terras para uso com lavouras, em três níveis de manejo, ou para usos menos intensivos, com pastagem plantada, silvicultura ou pastagem natural. Os estudos que resultaram na classificação da arrecadação agrícola em todas as regiões brasileiras foram desenvolvidos por pesquisadores da Embrapa Solos (RJ) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), com aporte financeiro do Ministério da Agricultura e Pecuária ( Mapa ).

O mapa está disponível gratuitamente na Plataforma de Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa ( GeoInfo ) e no Portal de Dados da Plataforma Tecnológica do PronaSolos . O ativo cartográfico subsidiará o direcionamento de políticas públicas relacionadas ao uso da terra e tomada de decisão, em escala regional, para conservação e sustentabilidade da atividade agrícola. A versão atual é apresentada como uma segunda próxima, ainda devendo passar por mais uma etapa de revisão e aprimoramento para complementação e melhor adequação das informações disponibilizadas.

Potencial de uso para cultivos em três tipos de manejo, pastagens plantadas ou naturais e silvicultura

Pela metodologia adotada, as terras foram avaliadas quanto às possibilidades de aproveitamento agropecuário tendo em vista suas qualidades naturais e a previsão de melhoria das condições agrícolas por meio do emprego de insumos e aplicação de diversas práticas de manejo, em diversos níveis tecnológicos.

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Para as diferentes classes de solo, foram avaliadas as possíveis interações entre os atributos mais relacionados aos cinco fatores limitantes ao uso agrícola das terras: deficiência de fertilidade, deficiência de água, deficiência de oxigênio (ou excesso de água), suscetibilidade à erosão e impedimentos à mecanização. No caso da avaliação da exigência para a silvicultura foi considerado, adicionalmente, o fator limitante “impedimentos ao enraizamento”.

Para cada um desses fatores, explicaram os pesquisadores, foram atribuídos graus de restrições – nulo, ligeiro, moderado, forte, muito forte, extremamente forte e intermediários –, que expressam o grau de desvio das terras em relação a uma situação ideal. Levando em consideração as diferentes condições socioeconômicas ao alcance do agricultor, foram consideradas na avaliação três níveis de manejo (A, B e C), que representam diferentes níveis tecnológicos: o primeiro deles (o nível A) contemplando apenas o emprego de técnicas simples e rudimentares; o nível B, para o qual estão previstos recursos tecnológicos intermediários, adequados a produtores de capacidade média de investimento; e o nível C, correspondente à agricultura moderna altamente tecnificada, com aplicação intensiva de capital e tecnologia.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Amaury de Carvalho Filho , essa diferenciação permite identificar o potencial de uso das terras tanto para pequenos produtores rurais, com baixo grau de instrução e descapitalizados, como para agricultores de nível médio e também para a agricultura em escala empresarial. “Assim, por exemplo, uma determinada área com condições topográficas ou de solo desfavoráveis ​​ao emprego de máquinas e implementos agrícolas pode não ser comprometida para a implantação de trabalhos altamente tecnificados, que exigem grande escala de produção, mas em contrapartida pode apresentar boas condições para o uso com agricultura familiar, em nível tecnológico mais baixo, possibilitando boa rentabilidade com modesto emprego de capital”, explica.

A classificação da prioridade agrícola quanto às possibilidades de usos mais nobres da terra, como é o caso das atividades, seguida de usos menos intensivos.

Para cada condição de manejo especificada no procedimento metodológico adotado – níveis A, B e C – foram identificadas como classes de extração agrícola “boa”, “regular” ou “restrita” para o uso com trabalhos dos solos que ocorrem nas unidades específicas cartografadas no mapa. Por outro lado, caso as solo apresentadas condições significativas para a exploração com culturas agrícolas, foram avaliadas como possibilidades de usos menos intensivos, referentes à pastagem plantada, pastagem nativa e silvicultura. “A avaliação para exploração florestal, ou silvicultura, no nível mais avançado (nível C) foi incorporada como uma inovação à metodologia utilizada. É um diferencial em relação aos trabalhos anteriores”, acrescenta Carvalho Filho.

O pesquisador reforça que um ponto importante da metodologia é a apresentação em formato digital da classificação da exigência de maneira conjunta, indicando, ao mesmo tempo, o potencial das terras para uso com lavouras nos três níveis de manejo ou para usos menos intensivos, com pastagem plantada, silvicultura, em nível tecnológico médio ou alto, ou pastagem nativa.

“Resumindo, esse mapa de escassez agrícola das terras do Brasil apresenta a classificação para diferentes tipos de uso e níveis tecnológicos de exploração. Assim, para cada unidade espacial delimitada no mapa, e para os seus respectivos solos, são indicadas as classes de escassez ‘boa’, ‘regular’ ou ‘restrita’ para lavouras nos três níveis de manejo, para pastagem plantada, para silvicultura ou para pastagem nativa, expressando o máximo potencial de uso agrícola de suas terras em nível regional”, detalha o detalhado.

Outra indicação é a falta de previsão do aproveitamento agrícola de determinadas áreas (classe inapta), caso não apresentem condições mínimas de sustentabilidade econômico-ambiental, devendo ser destinadas à preservação da natureza ou a algum outro tipo de uso não agrícola.

Embrapa

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