Com a participação brasileira na feira “World of Coffee” Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a expectativa de negócios é de US$ 9,6 milhões para os próximos doze meses no país, conforme divulgou a CNA. Apesar da feira ter chegado ao fim, o grupo de brasileiros segue em missão até esta sexta-feira (14/2) com visitas técnicas e eventos em cafeterias, com torrefadores, importadores e representantes árabes, para promover a imagem do café brasileiro.
O linharense Clério César Rampinelli está representando o Espírito Santo com café conilon na comitiva de 14 brasileiros entre produtores, exportadores e colaboradores da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Senar.
O produtor conta que atendeu representantes de aproximadamente 15 países diferentes, muitos são donos de torrefadoras e de redes de cafeterias, alguns que o negócio já passou de geração em geração. Disse que a maioria compra o grão cru e faz o processo na hora, com muita transparência, e quer comprar diretamente do produtor para saber da procedência do produto.
“Aqui café é algo sério, eles gostam de café de verdade, e não veem apenas como mais um produto. O café brasileiro é muito bem visto em toda Ásia e Europa. Já temos agendado com um grupo de Omã e Austrália e, possivelmente um da Índia, para visitar nossas propriedades, em Linhares e região, no período da safra. Um grupo da Índia também está para marcar, mas eles vão fazer visita em áreas de arábica”, comentou, informando que os dois tipos de café foram apresentados para pelo menos 30 países.
Rampinelli destaca que o Espírito Santo está no caminho certo e que é preciso se preocupar ainda mais com a qualidade do grão, produzindo um café mais cheiroso, com melhor secagem, menos fogo e mais organizado, maquinando e limpando melhor, para produção do conilon ainda mais apresentável.
“O mundo está de olho na gente e quer o nosso produto. Nós precisamos, de fato, alertar para a qualidade, até porque outros países hoje também produzem café, apesar de não estar aumentando a produção, mas a qualidade é fácil de mudar de um momento para o outro. Os produtores capixabas precisam aproveitar esse momento que teve uma alta margem e investir nesses maquinários para fazer um trabalho mais organizado”, informou o produtor.
Nos três dias de eventos, os produtores conheceram sobre inovações do setor cafeeiro, identificaram parceiros locais, além de terem participado de rodadas de negócios com potenciais compradores estrangeiros.
O grupo de empresários brasileiros que estiveram na feira “World of Coffee”, que aconteceu entre os dias 10 e 12 de fevereiro, fazem parte do projeto Agro.BR, criado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Apex Brasil, que promoveu a participação da comitiva em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Redação Campo Vivo
