A internet é a grande novidade em diversas comunidades rurais distantes das sedes dos municípios e que foram beneficiadas pelo Programa “Voz no Campo”, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca (Seag). Nas localidades de Tijuca, Valão de Areia e Alto Moledo, área rural de Cachoeiro de Itapemirim, por exemplo, que receberam redes de telefonia em 2007, a exclusão digital é “coisa do passado”.
Foram investidos mais de R$ 670 mil. O montante beneficiou aproximadamente 750 pessoas, que desde então têm acesso a telefones fixos em casa, aparelhos públicos e internet.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, César Colnago, que constatou de perto o funcionamento do novo sistema durante visita às localidades na tarde desta quinta-feira (03), a inauguração da telefonia nessas comunidades visa à melhoria da infra-estrutura local e possibilita atender melhor aos moradores e visitantes que vão às regiões durante o ano. “É uma obra importante que trouxe mais desenvolvimento para as localidades, pois é útil para a agricultura, agroturismo, educação, lazer entre outras atividades”, disse ele.
O sistema de telefonia fixa leva desenvolvimento para as regiões, já que é uma rede moderna de telecomunicações, com transmissão de voz e dados, além do acesso à internet. Para os produtores será mais fácil efetuar as negociações e também possibilita aumentar as comercializações com o mercado de produtos e insumos.
O telefone traz outra melhoria: eleva o padrão de bem-estar das comunidades rurais. É o que confirmou a dona-de-casa Simone Fardim, que mora em Tijuca. “Meus filhos freqüentavam ‘lan house’ para pesquisar na internet e eu, que nunca tinha ouvido falar em MSN e Orkut, desde que instalei o computador aqui, não paro de fazer amigos virtuais e me comunicar com todo mundo”, disse.
Outra comunidade que também já possui moradores conectados à rede mundial de computadores é a de Valão de Areia. O agricultor Sebastião Vieira conta que a novidade ajuda até mesmo na hora dos filhos procurarem emprego. “Não adiantava nada meu filho fazer o curso de Informática se não tinha onde treinar. Agora, ele treina o que aprendeu na sala de aula e fica sabendo de vagas de trabalho”, falou.
Moradora de Tijuca há 60 anos, Marilda Marta, chegou a pensar que nunca teria telefone fixo em sua residência. “Imaginei que fosse morrer sem ver esse benefício chegar aqui. Antes eu usava celular, mas tive que instalar uma antena para usá-lo. Agora posso falar com meus irmãos e filhos que moram longe, nem preciso mais do celular”, contou.
Assessoria de Comunicação / Seag