Após tremor, comunidade deve ser extinta, afirma prefeito

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A comunidade de Caraíbas, que tem entre 350 e 400 moradores que vivem da agricultura e de uma fábrica de farinha, deve ser extinta. É o que afirma o prefeito de Itacarambi (662 km de Belo Horizonte), José Ferreira de Paula (DEM).


 


Paula diz que nenhum dos moradores quer voltar para o local. Eles temem um novo tremor como o de ontem. Caraíbas vem sendo atingida por sismos desde maio


passado.


 


“Este é o segundo terremoto mais forte que os moradores enfrentam [o primeiro foi no dia 24 de maio]. O povo não quer ficar mais lá. De manhã, quanto cheguei à comunidade, as pessoas choravam e me pediam, de joelhos, um lugar em Itacarambi para ficar”, disse.


 


A prefeitura pretende doar terreno para as famílias. As novas casas devem ser erguidas com verba do governo mineiro.


 


De acordo com o prefeito, a comunidade contava com 75 casas de alvenaria, todas com água encanada e energia elétrica. Telefone não há. O mais próximo fica a 12 km dali, no distrito de Vargem Grande.


 


Ele relata que só ficou sabendo o que aconteceu em Caraíbas por volta das 3h, quando um morador, dono de uma motocicleta, chegou ao centro da cidade em busca de ajuda.


 


A destruição que atingiu Caraíbas também dificultou a realização do velório da menina Jesiane Oliveira da Silva, a única vítima fatal da tragédia. “Não ficou uma casa em condições de receber o velório. Pedimos uma casa emprestada em Vargem Grande. Foi uma tristeza”, disse Paula.


 


Folha de São Paulo


 

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