Déficit de armazenamento do País é de 30%

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O Brasil está com a capacidade de armazenamento de grãos 30% abaixo do necessário. Segundo o diretor de Gestão de Estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rogério Colombini, a capacidade estática de armazenamento ideal seria de 20% acima da produção, mas hoje ela é de apenas 120 milhões de toneladas. Com a previsão da safra 2007/08 estimada pela própria CONAB em 135,5 milhões, o número ideal seria de 172,6 milhões.


 


Mesmo apontando números que comprovam a necessidade de investimentos urgentes em logística, Colombini afirma que a capacidade dos armazéns ainda é suficiente para receber a produção porque as regiões não colhem simultaneamente. “Esta capacidade estática é um indicativo, mas não é um gargalo”, diz. Segundo ele, o grande problema logístico que o País enfrenta diz respeito ao transporte. “A melhor estratégia para nós seria a melhoria das rodovias e ferrovias, esse é o grande gargalo”, completa.


 


Colombini acredita que ainda é cedo para falar num apagão logístico. “Não existe um apagão, existem falhas que devem ser detectadas e sanadas para que a colheita da safra não seja prejudicada”, diz.


 


O apagão logístico foi tema da palestra da assessora e engenheira econômica da CONAB, Denise Deckers, durante o IX Seminário Nacional de Milho Safrinha, que aconteceu em Dourados, no Mato Grosso do Sul. A defasagem de silos e armazéns é confirmada pelo gerente da Grano Operações Logísticas e Portuárias, Luciano Denardi. “Não estão dando a devida atenção para essa realidade que não está tão longe”, avalia.


 


Denardi prevê que, mesmo havendo incremento de terminais e infra-estrutura, é esperada uma dificuldade no escoamento da próxima safra. “A velocidade no aumento da produção não é a mesma para infra-estrutura”, afirma. Ele aponta ainda a falta de investimento do governo para aumentar a capacidade estática e alerta para o fato de que a obra do novo silo no Porto de Paranaguá ainda não foi iniciada pela empresa que obteve a licitação.


 


“Não existe uma política definida em iniciar licitações para novas empresas”, afirma Denardi, que vê na parceria público-privada uma solução para impulsionar novas obras no setor.


 


DCI

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