Estados querem unificar vacina contra aftosa

0

 


A defesa sanitária foi o tema central da reunião realizada ontem com secretários de Agricultura de todo o País, no Rio de Janeiro. Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), Gilman Viana Rodrigues, que é secretário em Minas, os Estados pretendem reivindicar ao Ministério da Agricultura a unificação da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa, que seria realizada em todo o País nos meses de maio e novembro. Atualmente, dependendo do circuito pecuário, a campanha é realizada também nos meses de março e setembro.


 


A exceção, segundo ele, seria para o Estado do Rio Grande do Sul e a Ilha de Marajó que, por conta da diversidade climática, manteriam a imunização do rebanho em julho e setembro. “”A unificação da campanha simplificaria, porque hoje essa diferença atrapalha a naturalidade do processo””, diz Gilman Viana. Minas é o Estado que está inserido em dois circuitos pecuários (leste e centro-oeste) e realiza duas campanhas de vacinação por ano.


 


Além disso, os secretários que compõem o conselho irão solicitar que a avaliação da sorologia após a imunização, que comprova a eficácia da vacina, ocorra em um prazo menor que o atual. Os coeficientes de eficiência, destacou, são fundamentais para prestar esclarecimentos aos países compradores da carne brasileira, como os que compõem a União Européia (UE).


 


A proposta de um calendário único para vacinação contra febre aftosa foi considerada um avanço importante na área de defesa agropecuária pela secretária do Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias. “”Essa medida dá mais segurança no trânsito de animais e atende as reivindicações européias em relação ao controle de nossa defesa sanitária””, afirma Tereza.


 


Na reunião, que foi destinada a discutir justamente os resultados da recente auditoria feita por técnicos europeus, os secretários concordaram em reivindicar que a fiscalização e eventuais punições às certificadoras que realizam o Programa Nacional de Rastreabilidade Bovina sejam delegadas aos próprios Estados. “”Hoje há uma constatação de que a eficiência deste programa está aquém do esperado e o ideal é que, se houver necessidade, os Estados possam punir””, afirmou. A fiscalização, de acordo com ele, poderia ser atribuída aos órgãos estaduais de defesa que mantém convênio com o Ministério da Agricultura.


 


Outro ponto discutido foram as medidas de vigilância na região de fronteira. No caso específico do Mato Grosso do Sul, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) recomendou a criação de uma área de alta vigilância na região de fronteira com o Paraguai. O Estado já iniciou algumas ações para aumentar a vigilância, mas aguarda do Governo Federal uma legislação oficial.


 


Folha de Londrina

Compartilhar:

Deixar um Comentário