A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) espera receber autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para liberar, na próxima semana, a comercialização pelo Instituto Biofábrica de Cacau de lote de 34 dos 40 clones de cacaueiros tolerantes à vassoura-de-bruxa de importância comercial para os mercados nacional e internacional entre produtores de cacau do sul da Bahia e outras regiões do País.
A informação é do chefe do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), Jonas Souza, que recebeu pedido de informações complementares ao processo de inscrição de cultivares no registro do Serviço Nacional de Cultivares, da Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura. O registro é equivalente à certidão de nascimento dos clones desenvolvidos pelos pesquisadores do Cepec.
A Ceplac encaminhou pedido de inscrição dos clones de cacaueiro no dia 1º de agosto. “A solicitação de complementação da documentação é etapa anterior à liberação para a comercialização entre os produtores de cacau, o que é uma boa notícia”, afirma.
FERRAMENTAS
O agrônomo Jonas Souza salienta a rapidez na liberação de um grande número de materiais genéticos e explica que “isto se deve ao uso de ferramentas da biologia molecular à disposição dos pesquisadores da Ceplac, capazes de identificar gens resistentes em tempo mais curto do que com os métodos tradicionais, que demandam até dez ou mais anos de pesquisas e avaliações científicas”.
Para registrar variedade de cultivar ou clone é necessário o cumprimento de exigências com preenchimento de formulário com todas as informações da planta, desde nome cientifico e comum, denominação cultivar, responsabilidades técnica e institucional, origem, cruzamentos a genealogia. Além disso, locais de avaliação, época de plantio, tipo de solo, clima, características morfológicas, biológicas e fisiológicas, compatibilidade, adaptação e produtividade.
Os 40 clones até agora desenvolvidos e/ou testados pelos pesquisadores da Ceplac, desde 1998, e distribuídos pelo Instituto Biofábrica de Cacau, necessitavam de autorização do Ministério da Agricultura. O chefe do Cepec justifica a sua distribuição antes das formalidades legais pela necessidade de se atender ao clamor da lavoura cacaueira ante a gravidade do ataque da vassoura-de-bruxa, doença que castigou toda a região cacaueira baiana.
VARIEDADES
Dentre os clones distribuídos estão os cultivares TSH 516; TSH 565: TSH 774; TSH 1188; TSA 656: TSA 654; EET 397; CEPEC 42; CN51. Ainda, CCN 10; Cepec 2001; Cepec 2002; Cepec 2003; Cepec 2004; Cepec 2005; Cepec 2006; Cepec 2007; Cepec 2008; Cepec 2009; Cepec 2010; Cepec 2011; Ipiranga 1; PH 09; PH 16; PS 1319; RVID 08; SJ 02; VB 276 e VB 515. Veja a relação com ficha completa das variedades, aqui.
O agrônomo também anuncia o pedido de registro de cultivares de seringueira, mandioca e dendê no Serviço Nacional de Cultivares, da Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura para posterior comercialização entre os produtores rurais.
Assessoria de Comunicação da Ceplac