Depois da visita ao Brasil para inspecionar rebanhos e instalações em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, técnicos da União Européia afirmam ter encontrado falhas no combate à doença no rebanho nacional, especialmente a febre aftosa. Ontem, técnicos e representantes da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura tiveram uma reunião tensa, na qual os europeus pediram mais agilidade nas ações governamentais para eliminar a doença.
O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Décio Coutinho, afirma que não recebeu nenhum comunicado do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) sobre tais falhas. “Não tenho informação, porque eles (técnicos) não falam nada, apenas anotam”, diz.
Atualmente, a União Européia não importa carne in natura do Mato Grosso do Sul e Paraná, devido a focos de aftosa em 2005. Pela proximidade geográfica, a produção de São Paulo também foi barrada. Na reunião de ontem, os europeus demonstraram preocupação em relação ao sistema de fiscalização de trânsito de animais, pois eles temem que o gado de áreas não aprovadas seja abatido em áreas com autorização e enviado para o bloco.
O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Kroetz, diz que os europeus apontaram problemas pontuais, e assegurou que as deficiências serão sanadas. “Nada é tão é perfeito que não possa ser melhorado”. A expectativa do ministério é de que a missão elabore um relatório da visita e encaminhe o documento ao Brasil num prazo de até 20 dias úteis.
A GAZETA – MT