O comitê executivo para elaborar um programa preventivo de combate aos efeitos da seca no Estado, coordenado pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca (Seag) e integrado por diversas entidades de produtores rurais do Estado, se reúne nesta quarta-feira (07), às 14 horas, na sede da Seag, quando irá traçar o detalhamento das ações prioritárias que serão desenvolvidas nesta etapa do programa.
Além de entidades rurais do Sul do Estado – que estiveram debatendo o problema na semana passada em um encontro que reuniu mais de 500 produtores em Cachoeiro de Itapemirim – confirmaram presença os representantes de todas as cooperativas, da Associação de Municípios do Espírito Santo (Amunes), Federação da Agricultura do Espírito Santo (Faes), da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetaes), além de técnicos e dirigentes do Instituto de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), órgãos vinculados à Seag.
Segundo o engenheiro agronômo Cleber Guerra, subsecretário da Agricultura e coordenador executivo do comitê, a iniciativa visa ampliar as ações para todo o Estado, tendo em vista que o período de estiagem prolongada, de sete meses, também vem afetando seriamente a região Norte do Espírito Santo. “Temos como ponto de partida as medidas emergenciais já definidas pela Seag e suas empresas vinculadas, as propostas formuladas pelas lideranças rurais do Sul no encontro de Cachoeiro de Itapemirim na semana passada, mas o propósito é implantar um programa estadual de prevenção aos efeitos da seca”, ressaltou o subsecretário.
Ações estruturantes
O programa de enfrentamento às estiagens prolongadas do Espírito Santo prevê, basicamente, ações que buscam caminhos para reverter as tendências crescentes de escassez hídrica, com o desenvolvimento de atividades de construção de infra-estrutura hídrica, recuperação, conservação e manejo adequado dos recursos naturais (água, solo, floresta), com estímulos ao uso de tecnologias adaptadas às condições naturais para amenizar os efeitos danosos e cíclicos das adversidades climáticas.
Destaque também para: implantação de um programa de produção de leite a pasto; avanço em medidas de sanidade que asseguram o controle de ecto e endoparasitas e das principais doenças dos animais; investimentos em melhoramento genético; construção de barragens; adequação gradativa nos sistemas de irrigação; desenvolvimento de programa florestal que integra setores público e privado; promoção de gestões junto aos agentes financeiros.
Gerência de Informação e Análise – Seag