Longa vida tem queda de 20% nas vendas

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As adulterações encontradas nos leites produzidos por cooperativas de Minas Gerais já começaram a ter reflexo em SC. A venda do longa vida – onde foram encontrados os problemas – chegaram a cair 20%, enquanto o produto de saquinho e o em pó registraram crescimento.


 


Nos supermercados Giassi, desde que começaram a ser divulgados os problemas com o produto, houve uma queda de aproximadamente 20% na venda do leite em caixa, disse o proprietário, Zefiro Giassi. Em compensação, o leite vendido em saquinho e o em pó registraram crescimento.


 


O mesmo comportamento foi verificado no Hippo. Segundo o coordenador comercial, Rodrigo Freitas, as vendas do leite em saquinho tiveram incremento de 6% e as das marcas catarinenses cresceram 7%.


 


No Comper, afirmou o gerente comercial de perecíveis, Adriano da Silva, a queda nas vendas foi pequena.


“Como em Santa Catarina, até o momento, não saiu nenhum laudo de leite contaminado, os clientes continuam consumindo as marcas que compravam antes do diagnóstico de adulteração”, salientou.


 


Consumidor prefere marcas catarinenses


Os consumidores, porém, afirmaram estar mais cautelosos, mesmo com os produtos que possuem o Selo de Inspeção Federal (SIF). Mas a assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura, que fornece o selo, garantiu que a fiscalização é realizada em todos os produtos certificados, e, agora, está mais intensa no caso do leite.


 


O funcionário público Eriberto Paulo de Limas, que comprava o produto ontem, disse que está mais cauteloso. De férias na Capital, preferiu adquirir o leite produzido em Santa Catarina. Sua família consome, em média, 20 litros por mês.


“Acredito que não haverá problemas quanto a isso, mas a gente sempre fica “cabreiro”, confessou.


 


Jorci Natividade e Silvana Natividade também estão mais temerosos na hora da compra. Preferem as marcas que não estão envolvidas nos casos de adulteração. A advogada Vivian Zilli é exceção. Ela e a mãe consomem 12 litros por mês e não mudaram seus hábitos de compra. “Confiamos que não teremos problemas”.


 


A Vigilância Sanitária de SC investigou os lotes de leite nos supermercados para certificar-se se os que apresentavam problemas haviam sido retirados das gôndolas. A diretora, Raquel Bittencourt, afirmou que até agora nada foi encontrado.


 


“Constatamos que o Parmalat, que é comercializado aqui, vem de uma usina no RS e nada tem a ver com as cooperativas de Minas Gerais. Em Florianópolis, houve interdição de três lotes, mas depois foi confirmado que não eram os afetados”.


 


DIÁRIO CATARINENSE

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