País garante à comissária da UE que irá rastrear gado

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acredita que o País vai conseguir rastrear todo o gado exportado até o fim do ano, mas a Comissão Européia ainda está inflexível com relação à condição que impôs ao Brasil para manter seu mercado aberto às exportações de carne brasileira. Os europeus querem que o Brasil rastreie todo o gado pelo novo sistema, o Sisbov II. A informação foi dada ontem pelo presidente da Comissão Nacional de Comércio Exterior da CNA, Gilvan Vianna, depois de encontrar-se com a comissária européia de Agricultura, Mariann Fischer Boel, que está no Brasil até amanhã, junto com uma missão de técnicos europeus. Ela também esteve com o ministro-interino Silas Brasileiro.


 


O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, viajou a Bruxelas na semana passada para negociar uma extensão do prazo com os europeus. Ainda não há resposta dos europeus.


 


Segundo Vianna, a comissária européia mostrou-se irredutível sobre a possibilidade de o País não atender à exigência de cobertura total dos rebanhos pelo novo Sisbov. De acordo com Vianna, a comissária afirmou que o Brasil fechou compromisso para não sofrer restrições de importação e o acordo tem que ser cumprido até o fim do ano.


 


Antes de viajar à Europa, o ministro Stephanes admitiu que o País só vai conseguir rastrear 100% do rebanho até o fim de 2008. Na avaliação de Vianna, um dos pontos de maior destaque no encontro com a comissária européia, foi a recomendação para a criação de fóruns setoriais para discutir a redução ou extinção de barreiras tarifárias.


 


De acordo com ele, foram sugeridos alguns setores, como o de frutas, café solúvel, além de ampliar as discussões da produção de mel no Brasil para atender ao mercado europeu. Pela proposta feita pela CNA, esses setores teriam um tratamento tarifário diferenciado no mercado europeu. “A proposta foi recebida pela comissária, mas não teve compromisso de que será executada”.


 


No período em que estiver no Brasil Mariann pretende conhecer a pesquisa tecnológica e as principais atividades do agronegócio brasileiro.


 


 


Gazeta Mercantil

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