O produtor de leite comemora atualmente aumentos nos ganhos no mercado interno e no exterior.
Além do período natural da entressafra, a extensão da estiagem fez os preços subirem e o produtor hoje recebe um valor 51,1% maior que no ano passado. Em 2006 pagava-se R$ 0,45 pelo litro de leite e este ano o preço alcançou R$ 0,68.
O brasileiro paga mais pelo leite também porque parte do produto está sendo destinada ao mercado externo. “Países da União Européia, Nova Zelândia e Austrália enfrentam problemas de abastecimento, o que aumentou a procura pelo leite brasileiro”, explica o veterinário Fábio Mezzadri, técnico do Deral. As exportações estão atrativas: o leite em pó brasileiro teve um aumento de 98.9% e é vendido a US$ 5 mil a tonelada.
Segundo Mezzadri, os países tradicionalmente produtores de leite enfrentam problemas climáticos, como a estiagem, além da redução dos subsídios e falta de área para a ampliação da atividade. “A seca na Austrália foi severa”, diz. Atualmente o leite brasileiro abastece também o mercado da África, Índia, China, além da América Latina. Já a Argentina foi prejudicada pelo excesso de chuvas.
O Paraná tem uma importante contribuição na produção de leite do país. Com os 2,6 bilhões de litros ocupa a terceira posição no ranking, atrás apenas de Minas Gerais e Goiás. Mas segundo o técnico do Deral, existe a perspectiva do Paraná ultrapassar Goiás. No estado a produção se concentra em Marechal Cândido Rondon, Cascavel, Castro e Carambeí. O município de Londrina contribuiu em 2006 com 399.162.551 litros de leite.
Folha de Londrina