Fiscais da Delegacia do Trabalho do Espírito Santo encontraram irregularidades na contratação de trabalhadores que cortam eucalipto no município de Domingos Martins.
Uma denúncia anônima levou os fiscais da Delegacia Regional do Trabalho até a fazenda em Alto Paraju, Domingos Martins. No local eles encontraram trabalhadores rurais vivendo em condições precárias, sem a mínima infra-estrutura. Todos saíram de Minas Gerais e Alagoas iludidos pela promessa de um emprego melhor no Espírito Santo. “A gente só tem cama porque construiu. Se não fizer, tem de dormir no chão”, conta o trabalhador Weiglan da Silva.
Os trabalhadores foram contratados por uma empresa para o corte do eucalipto. Alguns chegavam a tirar até R$ 800,00 por mês, mas o emprego não era regularizado. “Faz muito tempo que a gente trabalha aqui. Às vezes, eles procuram carteira, outras nem procuram mais. Eu mesmo fiquei um tempão trabalhando sem carteira assinada, uns seis meses”, revela o trabalhador rural Carlos Duarte.
O responsável pela empresa não foi encontrado na fazenda. Ele responderá pelos crimes de aliciamento e descumprimento de leis trabalhistas. “Vamos agora aprofundar essa fiscalização em relação à empresa que executava o corte do eucalipto e suas congêneres em todo o Estado”, declara o delegado do Ministério do Trabalho Alcimar Candeias.
Os cortadores foram levados para um hotel onde vão aguardar o pagamento das indenizações trabalhistas.
Globo Rural