Não há motivo para alarde, diz Mapa

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A descoberta de um bovino doente com sintomas semelhantes ao da febre aftosa em uma fazenda em Theobroma, Linha 605, quilômetro 25, a 300 quilômetros de Jaru, deixou em alerta os órgãos de defesa sanitária do Estado. Representante do Ministério da Agricultura, Agência Idaron e Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa) desembarcaram na última segunda-feira no município para providenciar as ações de rotina. A área foi isolada e o material colhido e encaminhado para o Laboratório da Rede Oficial (Lanagro) de Belém do Pará, no mesmo dia. O diagnóstico conclusivo deve ser conhecido em, no máximo, nove dias.


 


Oito médicos veterinários e 26 técnicos treinados permanecem no local, mantendo a propriedade interditada até que sejam conhecidos os resultados laboratoriais conclusivos. A “zona de contenção” abrange 140 propriedades. A notificação já foi encaminhada para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e para o Mapa.


 


Os sintomas da doença vesicular começaram a ser observados no último domingo em apenas um bezerro de 35 dias, da pequena propriedade, com 70 cabeças de gado de leite e 27 ovinos. Nenhum outro animal da propriedade ou dos rebanhos vizinhos foi identificado com os mesmos sintomas. De acordo com o médico veterinário do Mapa, Fernando Pinto, o caso é apenas uma suspeita e as ações de rotina seguem o disposto na Instrução Normativa 44 do Mapa. O proprietário está com a vacinação do rebanho em dia e não recebe animais na propriedade há seis meses. Também não vende animais há um ano.


 


Outra medida padrão é a suspensão temporária do trânsito de animais e de produtos de risco oriundos de propriedades limítrofes. O leite produzido na área, cerca de 1,9 mil litros por dia, está sendo descartado de acordo com as normas sanitárias e ambientais. “Como exige a normativa, os produtores não terão prejuízos decorrentes da ação” explica Fernando. O veterinário explica que Rondônia segue todas as normas internacionais preconizadas pela OIE para a sanidade animal e procedimentos como estes estão previstos na rotina dos serviços de defesa sanitária nacional.


 


De Brasília, o governador Ivo Cassol (PPS) disse que Rondônia tem feito o dever de casa quanto à defesa sanitária animal no Estado. “Trata-se de um caso sob suspeita”. Apenas este ano, 53 ocorrências como esta foram atendidas em todo o País, em diversos estados, e todas as investigações descartaram a presença de febre aftosa. Em Rondônia foi o primeiro caso neste ano.


 


 


Folha de Rondônia

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