O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem que a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), órgão de sua pasta, não será extinta, mas apenas reformulada. “O que existe é a decisão do governo do presidente Lula de investir em um programa de recuperação da região cacaueira e não necessariamente no cacau” disse ele, se referindo ao pacote batizado de PAC do Cacau, avaliado em R$2,4 bilhões pôr oito anos.
Em entrevista exclusiva a A TARDE, Stephanes informou que a decisão foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de ser procurado pelo governador Jacques Wagner (PT). O próprio Wagner também teria procurado o ministro para cobrar detalhes do pacote inspirado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Sobre a questão do elevado endividamento dos produtores, o ministro disse que uma solução deverá ser apresentada apenas em 90 dias pelo ministério da fazenda. A política agrícola da CEPLAC para a região cacaueira, explica Reinhold Stepahanes, deverá ficar a cargo de outros setores do ministério. Sua primeira constatação foi a de que o cacau e a seringa são bons negócios para a região e que o dendê tem bom potencial. “Os produtores que tiverem condições de financiamento do governo, colherão bons resultados”, disse. A União está negociando ao todo nove grupos de dívidas agrícolas no País.
Stepahanes não quis fixar metas para a produção nacional de cacau. Ele reconhece que o País tem condições de se tornar competitivo no segmento no qual se tornou importador, atingindo produtividade de 35 arrobas por hectare. “Há recursos humanos e técnicos na Bahia para responder aos desafios da cultura”, disse.
Segundo ele novas variedades e manejos específicos devem ser empregados para controlar a vassoura-de-bruxa e eventualmente outras novas. Dentro do planejamento global do ministério, Stepahanes garantiu que não faltaram recursos para sanidade vegetal e animal, chegando a R$210 milhões no orçamento de 2008.
Assessoria de Comunicação da Ceplac