Em entrevista concedida à agência Bloomberg, o COO da unidade de cacau da Olam International Ltd. disse que a previsão do déficit de 122 mil toneladas, que a empresa havia feito em janeiro, aumentou para 308 mil toneladas.
Na avaliação do dirigente, a safra da Costa do Marfim será 110 mil toneladas inferior ao que a empresa havia projetado em janeiro e a mid crop de Gana será 30% menor.
A produção brasileira despencará para 160 mil toneladas, 60 mil toneladas abaixo da estimativa anterior, e as safras da Indonésia e do Equador também diminuirão, enquanto devem aumentar na Nigéria e em Camarões.
Sem citar dados detalhados, ele avaliou que o resultado geral será um corte de 230 mil toneladas da previsão anterior da produção mundial em 2015/16.
Quanto às moagens, ele estimou um aumento de 1%, mas admitiu a possibilidade de não haver crescimento. Além da queda quantitativa da produção, o dirigente também enfatizou o problema da deterioração da qualidade do cacau, principalmente do tamanho das amêndoas, que torna difícil seu processamento na falta de cacau de melhor qualidade com o qual poderia ser misturado.
Em sua opinião, muito do cacau produzido neste final de safra terá que ser carregado para a próxima, quando produto de melhor qualidade ficará disponível. Com isso – disse – a disponibilidade de cacau nesta safra será reduzida em cerca de 400 mil toneladas. A Olam, com base em Singapura, é a terceira maior operadora no mercado global de cacau.
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