Encontro Estadual de cafeicultores reúne mais de 100 produtores

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A Coopeavi realizou na última sexta-feira (04/03) a sexta edição do Encontro Estadual do Conilon Descascado, em Santa Maria de Jetibá. Mais de 100 pessoas ligadas a cadeia cafeeira estiveram no evento, que tratou sobre os caminhos da qualidade do café robusta e o motivo por não participarmos do mercado de cafés especiais. O professor doutor José Márcio Carvalho, apresentou no evento o seu artigo oriundo de uma pesquisa realizada no exterior e dentro do Brasil sobre os hábitos de consumo da bebida.

Durante uma manhã inteira os cafeicultores tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre as ações realizadas pela Coopeavi para elevar a qualidade dos cafés colhidos no Espírito Santo. Também se informaram um pouco mais sobre a experiência obtida com a comercialização do café arábica especial pela Cooperativa dos Cafeicultores das Montanhas do Espírito Santo (Pronova), incorporada em 2015 pela Coopeavi.  Outro destaque do evento foi a exposição dos detalhes do Prêmio Colheita Premiada, realizado pela Nestlé no último ano e conquistado pela cooperativa com cafés de dez produtores capixabas associados.

A atual fase dos trabalhos de melhorias no núcleo de cafeicultores ligados a Unidade 4C – Coopeavi também foi apresentada aos agricultores presentes no evento, assim como as próximas ações. Os produtores com a Verificação 4C levaram para casa um fichário com material explicativo sobre as normas do programa e certificado de participação no evento.

Já o professor Dr. José Márcio Carvalho fez uma exposição de sua pesquisa, que identificou o interesse dos grandes mercados consumidores de cafés, como Portugal, Espanha, Inglaterra, Suécia e Brasil, por grãos de cafés com mais qualidade. “Está havendo uma mudança estrutural de grande porte no conilon, o mercado internacional está sendo mais ocupado por um (país) produtor que não é o Brasil, no caso é o Vietnã, que tem uma política bastante agressiva de crescimento de produção”, explica.

De acordo com o professor, há necessidade de os produtores fazerem uma força-tarefa para pressionar as agências públicas e representantes políticos para criar uma política específica de apoio a produção e na conquista de novos mercados estrangeiros. “Este (Vietnã) é um competidor bastante agressivo na questão de custos e caso não consigamos reverter esta situação, o Brasil terá uma participação decrescente no mercado internacional de conilon”, ressalta.

No final do Encontro os produtores tiveram a oportunidade de participar de um bate papo com o professor Carvalho e os demais palestrantes do evento. Além dos colaboradores e diretores da Coopeavi, o evento contou com as presenças dos secretários municipais de Agricultura Manfredo Kruger (Santa Maria de Jetibá) e Paulo Ross (Ibiraçu), o deputado federal Evair de Melo, a analista de projetos do Sebrae Karla Cardoso, o analista de projetos da OCB/Sescoop-ES, o superintendente do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento no Espírito Santo, Dimmy Herllen Silveira, e representantes do Instituto AEQUITAS.

 

 

Domicio Faustino Souza

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