
Fecha-se a cortina em frente à ribalta iluminada!
Os protagonistas dessa apresentação param para meditar acerca dos efeitos de mais um Ano carregado de bons fluidos gerados no cultivo, comercialização, exportação e industrialização do Café.
Um ano que se fecha com excelente distribuição de renda em toda a cadeia do negócio Café prenunciando uma significativa poupança que certamente ensejará reinvestimentos na melhoria do padrão de vida de nossos cafeicultores e, por extensão, a todos os elos da atividade que se estende por diversos setores econômicos, gerando desenvolvimento e melhor qualidade de vida para milhares de cidadãos capixabas.
Uma cultura que chegou ao ES nos meados do século XIX espraiou-se primeiramente pelo sul do estado e logo avançou para o norte/noroeste oportunizando a ocupação do espaço territorial capixaba, fixando famílias inteiras especialmente os migrantes europeus que aqui encontraram acolhida para realizar seus sonhos.
Há que se reconhecer que não foram tempos fáceis para esses recém-chegados que enfrentaram muitas dificuldades para instalar-se, criar pertencimento à nova pátria e aqui executar a difícil tarefa do amanho da terra, adaptar-se ao clima e ao interior, inóspito à época, sujeitos a todo tipo de obstáculos.
Souberam, entretanto, superar todas as dificuldades e estabelecer as bases do desenvolvimento do qual tanto nos orgulhamos hoje.
Nessa luta pela superação de tantos obstáculos tiveram no Café a grande âncora de realizações e conquistas.
O Café tem esse condão de oportunizar realizações através do trabalho digno, bem planejado, gerando renda e bem-estar social para muitos, sem discriminar ninguém abrindo espaço para um desenvolvimento cheio de percalços, mas sempre pleno de condições para o desenvolvimento do espaço interiorano capixaba.
Após a saga desses pioneiros que souberam acreditar na grande possibilidade de vida digna para muitos, os colonos, meeiros, trabalhadores assalariados, surgiram o comércio, as cooperativas que acabaram se instalando, suprindo demandas e abrindo espaços para a circulação de riquezas.
Nem sempre foi fácil, como ainda hoje não é, mas a tenacidade desse grande estamento empreendedor soube e sabe enfrentar as dificuldades das intempéries, dos preços muitas vezes imprevisíveis, hora estimulando o trabalho, algumas vezes gerando desânimo.
Nenhum desses óbices foram suficientes para que o negócio Café no ES deixasse de ser uma atividade geradora de esperanças e qualidade de vida, transformando as possibilidades interioranas em desenvolvimento sustentável.
Hoje o Estado é o segundo maior produtor de Café do Brasil e vem se consagrando num espaço de produção de Cafés Especiais com Empresas Comerciais e Cooperativas que não só têm capacidade de bem abastecer o mercado interno como também o mercado internacional cada vez mais exigente.
A produção de Café no ES vem se notabilizando em concursos de grande repercussão no mercado nacional e internacional, demonstrando que o setor cafeeiro está preparado para alçar voos ainda mais altos e promissores.
Esse Ano de 2025, prestes a fechar suas cortinas no grande palco da vida, nos permite verificar que após tantas lutas, nosso Café soube superar imensos obstáculos e nos permite olhar à frente com a visão otimista de quem sabe que estamos sob a égide de novos tempos quando a qualidade é a grande referência de nossa Cafeicultura, tanto no Arábica quanto no Conilon.
Concursos de qualidade em nível municipal, estadual e nacional vêm consagrando o esforço de nossos produtores, agregando renda, fidelizando mercados, abrindo perspectivas de novos e promissores tempos.
Em consequência desses avanços o consumo de Café aumenta em todos os estamentos sociais permitindo que adentremos o Novo Ano na certeza de que nossa cafeicultura soube e sabe vencer obstáculos e superar dificuldades.
Ao Portal Campo Vivo, minha gratidão pelo espaço disponibilizado a mim para que, vez por outra, possamos interagir por aqui também.
A vocês que me leem os meus votos mais firmes de um Natal de Paz e um Novo Ano de 2026 ainda melhor que o excelente 2025.

Frederico de Almeida Daher
Engenheiro Agrônomo
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