Parceria inédita para uso de gás natural em secadores de café é anunciada em Jaguaré

Jaguaré começa a se consolidar como referência em tecnologia, sustentabilidade e desenvolvimento do conilon

por Portal Campo Vivo
Foto: divulgação

O último dia da Feira Internacional do Café Conilon em Jaguaré foi marcado por um anúncio considerado estratégico para o futuro da cafeicultura capixaba. O Centro de Comércio de Café de Vitória – CCCV e a empresa ES Gás formalizaram o início das tratativas para a adequação do fornecimento de gás natural voltado para secadores de café. A iniciativa é uma demanda crescente entre cafeicultores interessados em ampliar eficiência e segurança na pós-colheita.

A iniciativa busca viabilizar o uso do gás natural como alternativa energética para os secadores, um processo essencial para garantir qualidade, regularidade e competitividade no mercado. A expectativa é que o novo modelo reduza custos operacionais, ofereça maior estabilidade no processo de secagem e contribua com práticas mais limpas no campo. O prefeito Marcos Guerra destacou que a formalização dessa intenção é de grande importância para o município e o produtor rural.

Benefícios para o produtor
“A feira foi um grande evento aqui no nosso município, foram dias intensos, com muito aprendizado e mais do que isso, tivemos a validação do evento com a presença aqui da ABIC, da ABICS. E, muito importante, o Centro de Comércio de Café de Vitória e a ES Gás que acabaram assinando um convênio, uma intenção para trazer o gás canalizado, passar por Jaguaré e chegar até o produtor rural trazendo ainda mais benefícios para o produtor em relação à produtividade e qualidade do nosso café”, afirmou Marcos Guerra.

Expansão
O presidente do CCCV, Fabrício Tristão e da ES Gás, Fábio Bertolo assinaram um protocolo de intenções para iniciar estudos que abrem o caminho para soluções técnicas que poderão beneficiar cafeicultores do município e da região. Fábio Bertolo afirma que o projeto representa a expansão da infraestrutura de distribuição e o atendimento direto ao setor produtivo, reforçando o vínculo com um dos pilares econômicos do Espírito Santo.

“Estamos buscando interiorizar o desenvolvimento no Estado e à medida que a gente encontra pontos de consumo importantes como esse da secagem do café, a gente consegue viabilizar ainda mais e mais rápido o nosso projeto de expansão. Vamos identificar vários pontos e todos os agentes da cadeia para estudar a viabilidade técnica e a viabilidade econômica desses projetos’, destacou.

Marco tecnológico
Para o presidente do Centro de Comércio de Café de Vitória, Fabrício Tristão, a adequação da secagem do café passa a ser um dos objetivos do setor. “Identificamos nos últimos dois anos uma dificuldade muito grande na condução do processo de secagem aqui no Estado, principalmente em relação à disponibilidade e preço da lenha, que é a principal biomassa. E encontramos na ES Gás uma disposição, uma viabilidade, para poder apoiar esse projeto pela magnitude que ele pretende ter. Então, é um projeto É um marco tecnológico e que vai além da questão somente da secagem. Tem aspectos de qualidade, sustentabilidade muito relevantes”, ressaltou Fabrício Tristão.

Além de apresentações técnicas e debates sobre inovação na cadeia do conilon, o evento reuniu produtores, pesquisadores, empresas e instituições que atuam no fortalecimento da cafeicultura capixaba. A parceria entre o CCCV e a ES Gás agora segue para a fase de estudo e viabilidade, etapa decisiva para o planejamento de implantação nos próximos anos. Com isso, Jaguaré fecha a primeira edição da feira com uma sinalização clara: o município pretende se consolidar como referência em tecnologia, sustentabilidade e desenvolvimento para o café conilon.

Vantagens técnicas e operacionais
Eficiência e economia: O gás oferece um alto poder calorífico, sendo mais econômico que a eletricidade para o processo. Além disso, reduz o consumo de lenha ou palha de café em comparação com secadores tradicionais.

Controle do processo: A secagem a gás pode ser programada e controlada eletronicamente, reduzindo a necessidade de intervenção manual constante e garantindo uma temperatura mais uniforme, evitando o superaquecimento.

Redução de fumaça: O uso de gás, especialmente com sistemas modernos que tratam a fumaça, resulta em menos fumaça prejudicial à qualidade do ar e à saúde do operador, além de uma fumaça mais clara e com pouco odor.

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Vantagens de qualidade e produtividade
Menos tempo: A secagem é mais rápida e eficiente, reduzindo o tempo total do processo, que pode ser essencial para a produção de cafés especiais.

Qualidade do café: A secagem uniforme e controlada mantém a qualidade dos grãos, evitando a fermentação e outros problemas que podem ocorrer na secagem ao sol.

Planejamento da colheita: A independência das condições climáticas permite que o produtor tenha maior controle sobre a programação da colheita, secagem e armazenamento, garantindo o aproveitamento máximo da safra.

Otimização de espaço : A secagem mecânica ocupa menos espaço no terreiro, sendo uma alternativa para áreas com espaço limitado.

Assessoria de Imprensa, Prefeitura de Jaguaré

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